quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Ondas em Água Doce - A César o que é de César e a Deus o que é de Deus #2


Lido o livro de Diog Freitas do Amaral, de que falei duas publicações atrás, está na hora de fazer um pequeno comentário ao que foi lido. E como os comentários são opiniões pessoais...


É um livro curto, com cerca de 80 páginas de impressão muito agradável e em menos de meia-hora consegue ler-se. 
Inicia com uma breve apresentação do panorama histórico da altura da vida de Jesus Cristo e divide o livro em três vertentes: politica, social e económica.

O autor avisa logo de inicio que vai tratar a pessoa de Jesus como apenas um homem que influenciou o mundo (de tal forma que a história está dividida em AC e DC), e mais nada.
No entanto, no final, interroga-se como podem as pessoas aceitar que os ensinos de Jesus e que foram postos em prática ao longo dos anos, provando que bem utilizadas funcionam, tiveram origem em apenas un homem, inteligente, mas apenas um homem e não querem aceitar em algo mais profundo e poderoso.

Tenho apenas duas chamadas a fazer:

Primeira:
No inicio da apresentação do pensamento politico, diz que a igreja sempre esteve ligada ao estado. Poderosas nações que eram politicamente organizadas como teocracias, a tal ponto que os seus governantes (faraós, imperadores e outros) se consideravam representantes diretos de divindadee e até a incarnação de alguma e exigiam a devida adoração e que até o povo judeu vivia a prática de que os reis eram os porta-voz das diretivas de Deus e que Jesus veio alterar isso.

No caso do povo judeu, a ideia e teocracia tem outras carateristicas. Sendo uma civilização monoteísta, não era admitido que os seus líderes politicos assumissem ou exigissem alguma condição de natureza divina. Assim, esses líderes (particularmente o sumo sacerdote e/ou profetas) tinham a importante função de intermediar a relação com Deus e nada mais. 

Não era a religião misturada com o estado. Era um estado em que o seu líder era Deus e ninguém mais. E se tivesse sido mantido assim, metade das provações (guerras e cativeiros) que o povo sofreu teriam sido evitadas. Mas o povo exigiu ser como as outras nações  (I Samuel 8:5 - Por isso, queremos que nos arranje um rei para nos governar, como acontece em outros países) e esse afastamento (rejeição de Deus) enfraqueceu a nação.

Segunda:
Na parte social, falando sobre o auxilio aos pobres, comentou a parábola do jovem rico (Mateus 19:16-30) que perguntou a Jesus o que fazer para herdar a vida eterna. Jesus disse-lhe para guardar os mandamentos de Deus e quando o jovem confirmou que já o fazia, Jesus disse-lhe que vendesse o que tinha, desse o dinheiro dessa venda aos pobres e O seguisse, o jovem afastou-se, porque não queria ficar sem os seus bens, pois tinha muitos. 
Aqui, o autor frisou que há muita gente que põe em prática os ensinos de Jesus, no sentido em que divide com os pobres boa parte das suas riquezas. Uns à espera de reconhecimento social, publico, o que seja, e outros por amor ao próximo. Que em primeiro lugar está a vida devocional, mas se nem sempre podemos levar uma vida 100% religiosa, pois temos outros patamares de vida a levar em conta, se dermos das nossas riquezas, aos pobres - ainda assim poderemos ser salvos.

Fiquei com a impressão que o autor queria dizer que ser bispo, padre, freira, pastor, etc, é salvação garantida e não podendo ser (por várias razões impeditivas) poderiamos comprar a salvação com as nossas "boas" obras.

Gostaria de lembrar que a Reforma Protestante, no séc.XVI, de que Martinho Lutero é o mais conhecido, quando amando a sua igreja queria apenas transformá-la, para que não se abusasse dos pobres, que se iludiam com a salvação se comprassem indulgências (obras) quando a salvação só é concedida pela graça de Deus ao pecador, e mais nada.

As boas obras sim, são essenciais, mas apenas como resultado da transformação do nosso carater, não como moeda de troca.

E tenho o comentário terminado.
O livro é bom, pois enaltece o bom funcionamento de uma sociedade que segue os ensinos de Jesus mas achei por bem fazer este comentário.




quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Neste Natal Abra o Presente - Vodafone

De há uns anos para cá, a Vodafone brinda-nos com um pequeno clip sobre o Natal e relacionamentos quebrados que são restaurados.

Qual deles o melhor até agora?

Acabei de ver o de 2019 e mais uma vez, completamente rendida.

Pequenas histórias, com muito para contar.



Podem recordar os outros aqui







quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Ondas em água doce - A Deus o que é de Deus e a César o que é de César



Ao querer atualizar-me, li no Sapo.pt, a noticia sobre o livro póstumo de Diogo Freitas do Aamaral e dado o resumo imediato sobre o mesmo:
"Jesus Cristo foi o precursor do princípio da separação entre a Igreja e o Estado, apesar de não ter sido um político"  

Tive que ler a noticia na totalidade  AQUI .

Não sei se algum dia lerei o livro - porque até tentei fazer a encomenda online mas estava a dar erro e cancelei, veremos - e também não sei se concordarei com tudo o que lá está escrito, mas de imediato o que está na noticia, pode fazer-nos pensar.

Segundo Diogo Freitas do Amaral, o estado é para ser respeitado, obedecido e para servir o povo.

A bíblia diz exatamente o mesmo, as pessoas devem respeitar os poderes politicos, que estão lá para manter a sociedade organizada e para proteger o povo e para o servir e em troca devem obedecer e cumprir as suas leis, desde que não sejam contra as leis divinas, porque a lei de Deus é acima de tudo.
A César o que é de César e a Deus o que é de Deus - não supõe igualdade entre as duas, apenas separação.

A união entre estado e igreja, mistura coisas que não se podem misturar.
O estado cria e impõe decretos e leis que devem ser cumpridos - supostamente para bem estar das nações sobre as quais legisla e a igreja impõe quais as leis a serem aplicadas, que lhes sejam favoráveis.

 A história da ação da igreja, apoiada e fortalecida pelo poder secular, não é uma história feliz - temos as cruzadas e a inquisição, para encurtar - evangelizar com doutrinas transformadas os homens e destruir os que não aceitam essa evangelização.
Este impor à força, tem o intuito de obter a adoração que é apenas prerrogativa de Deus. E a adoração supõe a obediência.

É dever e desejo de um verdadeiro cristão, levar outros a conhecer Cristo, mas não vai impor,
Vai contra o amor e a tolerância que Cristo nos deu nos seus ensinos.

E mesmo Deus, único digno de adoração, não impõe, embora deseje essa adoração, benéfica para o homem.


E segundo a noticia, nas palavras de Diogo Freitas do Amaral, os ensinos de Cristo no que se refere a doutrina social, se postos em prática,  refletir-se-iam numa sociedade mais feliz, saudável e eficaz.
Ele diz: "é uma pena - é mesmo motivo de escândalo - que um número considerável de católicos convictos (professores, empresários, gestores, políticos, jornalistas) não se sintam obrigados em consciência a seguir essa doutrina, e a ignorem ou menosprezem na sua vida profissional, sem fazerem o que têm o dever de fazer ou agindo contra as proibições que devem acatar".

Gostaria ainda de comentar um parágrafo, onde D.F.Amaral, defende qual deveria ser a posição do Estado perante o povo:
"O Sábado foi feito para servir o Homem, e não o Homem para servir o Sábado", escreveu S. Marcos no Evangelho, o que o ex-líder do CDS se encarrega de traduzir à luz dos dias de hoje. "O Estado foi feito para o Homem, e não o Homem para o Estado", ou melhor, os poderes da autoridade do Estado são apenas "um meio para alcançar um fim, o bem comum é que é o fim a atingir".


O parafrasear de "O Sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do Sábado" que é tão conhecida como a de "A César o que é de César..." foi bem escolhida para defender a sua ideia, que para já me parece a ideia geral do livro, mas convém esclarecer, que não é apenas uma frase a aplicar e parafrasear conforme as ocasiões se prestem e vai além das doutrinas sociais da bíblia, sendo uma doutrina religiosa, e ponto de divisão entre algumas denominações cristãs, pelo que não deve ser substituída e esquecida na sua verdadeira essência.


E resta-me convidar-vos a ler o livro, e já agora a comentarem de vossa justiça, o que acharam.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Desafio de Escrita dos Pássaros - Fico-me por aqui...

Quando me inscrevi no desafio, foi com a ideia que assim, teria a "obrigatoriedade" de manter as publicações em dia, sem falhas, mas logo no primeiro texto falhei.
Fui insistindo, mas acho que se não todos, quase todos, publicados atrasados.
Concluo e confirmo mais uma vez que a,  falta de publicações nem sempre é por não ter o que dizer, mas sim por não ter tempo para o fazer. E ter uma hora e dia certo para tal, pelo visto, em vez de me ajudar, ainda me complica mais, porque normalmente publico alguma coisa, em algum momento livre.

Tenho pena, porque como qualquer "autor" que se preze, gostamos que alguém leia o que escrevemos, mas como não consigo manter o ritmo que deve ser cumprido, para mim, acabou-se o desafio, mas irei visitar os que seguem publicando.
Descobri uns quantos autores, que muito me agradam.

E continuarei por aqui, com a minha miscelânea de publicações claro, porque...