quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Dia da Escrita à mão

Hoje comemora-se o Dia da Escrita à Mão.
Vi num blogue que sigo e tive que ir ver o que se dizia por aí, sobre a data comemorativa desta invenção que tem mais de 3500 anos.
Parece que este dia teve origem nos Estados Unidos. Com a proliferação das tecnologias e o seu uso em todo o local, deixou de se escrever à mão e "tornou-se" necessário criar um dia para a sua comemoração. Quem não tem saudades de uma boa carta ou de um simples postal manuscrito?
Neste dia é sugerido que se larguem os teclados e se escreva qualquer coisa, com um lápis ou uma caneta, em papel. Depois, usar as tecnologias para digitalizar e partilhar a escrita, por esse mundo fora.
Claro que aderi!
Devo dizer que levei anos até me habituar a escrever tudo em computador. Comecei muito jovem a ter gosto pela escrita e sempre escrevi. Contos, simples frases e quaisquer notas, em blocos, cadernos e até folhas soltas. Quando o computador se tornou a minha ferramenta de trabalho diário, fora e dentro de casa, decidi que os contos passariam a ser escritos no computador e levei bastante tempo para o fazer. Era como se faltasse alguma coisa no que escrevia...
Atualmente já o faço sem recriminações, até porque é muito mais rápido, mas mantenho cadernos a uso, quase diariamente para apontamentos, ideias, etc.
Gostava de partilhar a minha experiência mais divertida com a escrita à mão versus teclado de computador.
Um dia, há relativamente pouco tempo, estava a escrever um resumo de qualquer coisa que já não me recordo, em casa, num caderno e a dada altura, ao reler o que tinha escrito, decidi que um dos paragrafos faria mais sentido no final do resumo. Automaticamente marquei o parágrafo em questão e com a caneta fiz um circulo a toda a sua volta e virei a folha... só dei conta do que ia fazer quando posei o bico da caneta na folha em branco. Afinal copy+paste não resulta em escrita à mão. Acho que nunca ri tanto sozinha!
Para finalizar e abrilhantar esta comemoração, deixo o meu contributo:




D.O.C. ou em português D.O.L. - Destralhar, Organizar e Limpar

D.O.C - declutter, organize and clean
D.O.L. - destralhar, organizar e limpar

Independentemente das siglas e da tradução, o ideal aqui é começar mesmo pelo Destralhar.

Não há situação mais inimiga da organização e da limpeza, que a tralha. O excesso que por muitos esforços que façamos, acaba por dificultar a organização e a limpeza que se torna mais trabalhosa.

Graças à internet e aos blogues e vlogues que nos são dados de bandeja, vemos que há alturas do ano em que o destralhar é rei. Inicia-se o novo ano e o pessoal quer mudar! Se não de vida, pelo menos de estado (na parte doméstica, claro está).

Como tal, inspirada por algumas dessas internautas que "sigo", decidi que também eu vou destralhar. Não tornar-me minimalistas, porque há coisas de que não abro mão - não me fazem falta bem vistas as coisas, mas gosto de ter.

Comecei pela gaveta dos talheres.

O tabuleiro de talheres que tenho, desde sempre, tem o tamanho ideal para a gaveta. Já procurei outros, mas mais largos não cabem e mais altos não há.
Como tal, durante anos lutei com a desarrumação desta gaveta, a tal ponto que já me imaginava a fabricar um tabuleiro, numa de DIY (do it yourself) mais conhecido por aqui como mãos-à-obra.

Pondo o destralhar em ação e aproveitando ideias do minimalizar, decidi que ia manter apenas 6 unidades de cada tipo de talher - já que somos 4, de vez em quando temos mais uma ou duas pessoas a comer connosco, mas os dias de grandes jantaradas já lá vão.
Guardei os excessos numa caixa, que irá algures para um canto da despensa e a gaveta ficou assim.


Esqueci-me de tirar foto ao antes, mas é facil imaginar este tabuleiro com um faqueiro de 12 unidades a multiplicar pelas variedades: colher sopa, garfo e faca carne, garfo e faca peixe, colher, garfo e faca de sobremesa, colheres de chá, colheres de café, no seu pequeno espaço, sem contar com as colheres de servir que também já lá estiveram.


Mereceu o 1º lugar na minha decisão D.O.L.

Acho que o próximo D.O.L. vai ser ao armário por baixo do lava-louças onde guardo tudo o que são panelas, tachos, bandejas e tabuleiros de forno.



quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

A boca fala do que o coração está cheio

Não é o tema mais bonito para iniciar as publicações deste ano e se calhar para algumas pessoas vai parecer-lhes excesso de virtude ou querer parecer virtuosa, mas li em outro blogue - já disse aqui, algures, que por vezes as minhas publicações aparecem por ler sobre o assunto em outro lugar -  e não posso deixar de partilhar o assunto e a minha opinião, sobre palavrões.

Este é o caso.
Fui educada de forma a não se dizer palavrões. Não se diziam em casa, como tal, não se deveriam dizer na rua, na escola ou no trabalho.

Sempre tive colegas de escola que tal como eu não diziam palavrões, de forma que a obediência às regras dadas não esbarrou com nada. Quase no final dos anos de escola, apanhei uma colega que dizia palavrões. Não era sempre, mas de vez em quando lá saía um. Como não era colega do meu grupo, pois era mais velha que nós, não me afetava, mas tenho a plena noção de que não gostava de ouvir.

Quando comecei a trabalhar, com 23 anos, sofri o maior choque da minha vida. Os meus colegas de trabalho, nos momentos de laser, primavam em desfilar todos os palavrões que se conhecem numa só conversa.

Eduquei os meus filhos da mesma forma, embora saiba que as influências externas na maior parte das vezes conseguem ser mais fortes que as internas, em especial quando eles começam a achar que sabem mais que nós. Em casa não se dizem palavrões e espero sinceramente que na rua, eles também não os digam.

Concluindo, não há momentos ideais para usar palavrões. Não se devem usar e ponto final.
Seja em conversas entre amigos, em publicações em blogues - já que isto é um blogue - ainda que informais e de divertimento não vão ser mais interessantes, só porque têm palavrões pelo meio.
Há tantas palavras que podem ser usadas e que conseguirão um resultado muito melhor, se bem usadas!!

Gostaria de partilhar um video sobre o assunto. Leva quase 10mns a assistir, mas é muito bom. Não se deixem influenciar pelo título, pois é muito mais abrangente.