terça-feira, 9 de outubro de 2018

Hacksaw Ridge


Não descansei enquanto não vi o filme.
Já tinha dito que não é meu costume querer ver um filme, depois de ler um livro, mas este tocou-me especialmente.

Vi faseado, porque não encontrei o filme inteiro disponível, e vi dobrado em brasileiro. Perde um pouco o impacto dos diálogos, acho, mas não influi em nada o teor do filme.

Embora, com falta de alguns detalhes do livro que é a história real, tal como aconteceu, com a alteração de outros e ainda uns a mais, não matou o livro. Estava lá tudo e exposto com muita convicção.

Desmond Doss foi interpretado por AndrewGarfield, um ator muito jovem e com um aspeto doce que nos consegue cativar com as suas expressões e sentimentos, ao ponto de sentirmos o que ele sentia. - Minha opinião, claro! Consigo imaginar Desmond Doss a viver as mesmas (ou piores) lutas e a agir
da mesma forma.

É um verdadeiro filme de guerra à Mel Gibson, com cenas violentas e sangrentas até mais não ser possível, mas que esquecemos se nos focarmos em Doss.

Gostei muito e deixo aqui o link, caso queiram ir espreitar. Até podem escolher qual vídeo ver, pois trata-se da partilha de um filme (dobrado recordo) em 26 vídeos de 5mns cada um.

https://www.youtube.com/playlist?list=PLQWipJ1rVd1gazSgzwgXLNnfDYZ_a-UhV

Se não quiserem, têm o meu apoio de igual forma. Não podemos gostar todos de amarelo.


O momento em que Desmond Doss se declarou a Dorothy. Partes da história muito agradáveis.


Quando começam os sarilhos para Desmond Doss, ao declarar que não agarrará em armas, pois alistou-se como Objetor de Consciência (Veste o uniforme, respeita a bandeira e defende a pátria, mas não agarra em armas)


Depois de autorizado a ir para cenário de guerra, como paramédico, sem armas a aguardar o momento da tomada da escarpa fatal.


Vemos Desmond Doss, todo o tempo de ação, em busca de camaradas feridos, para os aliviar e os resgatar.


O verdadeiro Desmond Doss


Pelo seu ato heróico de, correndo risco de vida resgatar 75 camaradas, foi o primeiro objetor de consciência a receber a Medalha de Honra.




Nasceu em 1919 e morreu em 2006.








terça-feira, 2 de outubro de 2018

O Soldado Desarmado


A artilharia pesada em Okinawa multiplicava as vítimas, mas não intimidou Desmond Doss, soldado e homem de fé. Com a coragem e a força da oração em si, ele se recusou a procurar abrigo e carregou, um por um, seus companheiros caídos até um local seguro. Em aproximadamente cinco horas ele resgatou todos os 75 feridos naquele ataque. Este e outros atos heróicos fizeram com que ele recebesse a mais alta distinção que se pode conferir a um soldado norte-americano: a Medalha de Honra.

O ano passado comprei este livro para oferecer a um sobrinho e este ano achei que não era mal pensado, pedir-lho emprestado e ler. E li em dois ou três serões - que os meus serões livres são curtos.

Este livro é um livro de memórias de Desmond Thomas Doss, escrito com sua autorização,  pela sua segunda esposa Frances. Foi este livro que inspirou o filme de Mel Gibson de 2016  "O Heroi de Hacksaw Ridge"

Este livro conta a história de Desmond Doss que fez parte do batalhão que combateu em Okinawa na Segunda Guerra Mundial. Desmond queria participar na guerra para salvar vidas e alistou-se como Objetor de Consciência. Atuou no meio do conflito, sem pegar em uma única arma, como paramédico e foi condecorado com a principal e maior condecoração militar oferecida pelos Estados Unidos.

Doss nasceu em 1919 e morreu em 2006.
Foi membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia e colocando sempre em primeiro lugar, o seu Deus e os seus princípios morais e religiosos, nunca pegou numa arma, salvou 75 companheiros feridos, numa "luta" de vida e de morte que durou cerca de 5 horas, resgatando-os de área de guerra e fazendo-os descer por uma escarpa um a um, com o auxilio de cordas.
"Ajuda-me a salvar mais um" - foi a sua oração durante aquelas 5 horas de pesadelo.


Gosto de livros de testemunhos. Qualquer tipo de testemunho, desde que bem apresentado. E este é de uma singeleza que nos agarra e quando começamos a ler o livro, que se inicia com a viagem do batalhão de Doss de barco, para o cenário, onde mais tarde acontecerá a batalha que originou o filme, vamos conhecendo a sua vida de criança, adolescente, jovem, relatada suavemente, falando brevemente de algumas situações que são imprescindíveis para entendermos a sua fé, até que chegamos ao "assunto principal" que no livro não o é, faz apenas parte das suas memórias de vida.

Aconselho a leitura. 

Não influencia ninguém em termos de crenças, mas ajuda-nos a perceber - mesmo que não seja aceite por todos - porque é que as pessoas, em nome da fé - uma fé sã e real - agem de certas formas.

Não sou muito de querer ver filmes, depois de ler os livros - porque tenho receio de me desiludir, é até mais o inverso, para colmatar os erros de um filme, gosto de ler o livro - mas tenho curiosidade em ver este.