terça-feira, 23 de junho de 2020

Manta de retalhos #2

Acabei a manta.
Ou seja, apliquei o contorno que faltava.
Já que estava no aproveitar de tecidos, desmontei umas fronhas de almofada que usava, mas não eram muito práticas, porque a dobra estava demasiado larga e a meio, o que as tornava complicado para "vestir" as almofadas.
Cortei-as em tiras com cerca de 8cm de largura e contornei a manta.

Não ficou perfeita, nem de longe, mas já agora que mostrei uma parte, mostro o final.



Aviso já que não sei fazer cantos. Parece impossível que com tantas explicações que há por essa net fora, ainda não tenha tirado uns minutos para aprender...



A parte de trás, tem uns acrescentos, porque o tecido branco não chegava para o tamanho com que ficou depois de todos os retalhos montados.




Fiz um pesponto (quilting) â mão, largo, que ainda não sei se fica ou se posteriormente farei à máquina...





Falta lavar e passar a ferro, mas mesmo assim não sei se irá ficar com os retalhos, todos, devidamente esticados.


quinta-feira, 18 de junho de 2020

Ondas em água doce: Violência doméstica que não se vê...


Há dias passei por um casal que "conversava" na rua dentro de um carro.
À medida que me ia aproximando, ouvi o que se dizia, ou melhor o que ele dizia.
"Se não estivesses casada comigo, já tinhas apanhado muita porrada. Só fazes é m****!!"

Passei de fininho com receio que me vissem e dei por mim a pensar naquilo o caminho todo até casa.

Não cheguei a ouvir a mulher vez nenhuma enquando estive ao alcance das suas vozes; não sei o motivo da "conversa", não sei se o assunto era sentimental ou outro, não sei se ela tinha feita alguma coisa verdadeiramente errada ou não, só sei que fiquei a pensar naquela frase.
"Se não estivesses casada comigo, já tinhas apanhado muita porrada...." Como se dissesse: só não apanhas porque sou um gajo decente...

Esta é a violência doméstica que não se vê e passa despercebida. Imputa-se aos outros e só não somos autores visíveis porque... não há oportunidade... somos "decentes"... mas que mereces, mereces....

Que deveria fazer aquela mulher? Calar-se como acho que fez, pelo menos por algum tempo em que eu não ouvi? Ou agir, fosse qual fosse a razão de semelhante reparo?

Fiquei a pensar naquilo até hoje... e tive que partilhar...