quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Desafio de Escrita dos Pássaros #8





Tema: Escreve uma carta para a criança que foste

Olá Maria João,
Se calhar vou só chamar-te miúda. Afinal que jeito tem chamar-te Maria João, se quando escrevias contos, as tuas personagens podiam chamar-se tudo, menos Maria, menos João.
E então, miúda?
Imaginaste alguma vez, quando brincavas com bonecas e livros, que chegarias a um dia em que viverias a respirar livros e tudo o que lhe diz respeito apesar de não viveres disso?
Imaginaste que quando leste um livro que não entendeste e quiseste, reescrever o seu final, irias passar a escrever os teus próprios contos? Passando a escrito, situações que irias viver ao longo do teu crescimento e outras que inventarias?
Imaginaste alguma vez que por muito que se escreva há sempre espaço para mais e que é por isso que os escritores (famosos) escrevem livros atrás de livros?
E que ao escrever-se um conto ou um romance, a nossa vida torna-se diferente e conseguimos tirar partido do que vivemos, porque em qualquer momento, podemos criar uma realidade diferente. Não é a nossa porque não a vivemos a sério, mas é nossa, porque sem nós, não existira, mesmo nas folhas de um livro.
E quantas vezes, sonhaste conhecer alguns personagens em carne viva, e alguns autores para lhes perguntares o que os tinha levado a escrever tal e tal livro?
Imaginaste alguma vez que depois de leres livros atrás de livros, desejando às vezes que eles não chegassem ao fim, e que depois de escreveres contos, chegarias a um momento na vida em que apenas um livro e tudo o que diz respeito a esse livro te interessaria? E que a ação desse livro não termina e que a realidade lá expressa, está muito longe de ser aceite por muitos? E que ainda assim, ou por isso, por conta desse livro, milhares morreram e ainda mais uns quantos irão morrer até que as suas palavras sejam cumpridas? E que esse livro, embora “velho” te dá vida nova se o leres de coração aberto e que é o único livro que quando o estás a ler, tens o Autor a teu lado?
Há melhor? Há coisa melhor do que ler um livro que entre centenas de personagens, uns fortes, outros fracos, o seu Autor é o Personagem principal e é todo teu, se tão somente o aceitares?
Não te afastes d’Ele miúda que Ele não se afastará de ti.


segunda-feira, 28 de outubro de 2019

A boneca

É um título bastante básico, mas não sabia que outro por. Sempre tive dificuldade em idealizar títulos para qualquer coisa (imagens, publicações, textos, contos... etc), é uma cena que não deve ser só minha, mas não saiem com facilidade., Por isso: "A boneca" e já está.

Será que com a idade, deixamos de ter idade, para bonecas? Ou temos sempre idade, contando que as há de coleção que custam muitos euros?

Sempre me delicio com as bonecas de coleção que por aí desfilam na internet. São as Little Darlings, as Blythe, as Tildas e deve haver tantas outras que nem imagino. A industria das bonecas não tem fim, nem falta de imaginação e já não falo nas centenas de modelos de bonecas dedicadas à criançada (algumas nem por isso muito adequadas, mas enfim...).








~

Um dia destes, por mero acaso, numa loja de chineses onde fui procurar artigos para costura dei de cara com uma boneca de uns 10cms que me fez lembrar umas que eu tinha em criança, com pernas articuladas e não resisti.


É a coisa mais fofa!
Infelizmente não tem cabelo, o que significa que se pretender criar conjuntos para a vestir, têm que estar sempre acompanhados de qualquer acessório para a cabeça.
Com uma "modelo" tão pequena, mau seria não dar asas à imaginação e à agulha e não lhe criar umas roupitas...




Desafio de escrita dos pássaros #7






Eu ouvi a minha amiga a contar-me os seus problemas capilares, com que se debatia de há alguns meses a esta parte.
Tudo começara quando se separara do seu marido de há anos e o sistema nervoso resolveu manifestar-se com caspa numas alturas e oleosidade noutras.
- Eu acho que conforme o meu estado de espírito, assim é o meu problema. – explicava Constança com um ar infeliz – Se estou furiosa e me lembro do que aquele ordinário me fez, salta a caspa e ando a esfarelar-me semanas a fio; se me dá para a nostalgia e me sinto infeliz, com saudades da minha vida anterior, fico com o cabelo oleoso. De tal forma que poderia passar nos móveis, para dar lustro.

Sorri. Eu sabia que ela esperava um sorriso, para ter a certeza que pelo menos eu a estava a escutar, no seu lamento. Gostaria tanto de a ajudar. Lembrei-me do dia em que Constança decidira cortar o lindo cabelo que tinha e passara de cabelos pela cintura, para cabelos acima dos ombros, tal como estava agora. Acho que me doera mais a mim que a ela, mas entendia a sua aflição com a situação atual. Uma pergunta dela, interrompeu o curso dos meus pensamentos:
- Que achas? Sabes de algum produto bom para combater esta polaridade capilar? Como lidas com tanta gente, a quem vendes os teus produtos, já ouviste falar em algum tratamento que eu possa fazer, que me alivie… já nem sonho em voltar ao estado anterior, porque o casamento também não vai voltar… - Constança riu-se – Está provado que o estado físico depende inteiramente do estado psicológico…
Ouvi-a, meditei no assunto e decidi que só havia uma coisa a fazer. Estendi-lhe um boião que tirei da caixa de amostras de compotas.
- Não estás à espera que vá besuntar o cabelo com compota de abóbora! – Fingiu-se escandalizada, mas aceitou o boião – Eu já estou por tudo… se a abóbora me resolver o assunto, não me importo. – Volto a rir.
- Trata uma parte do físico e pode ser que o psicológico vá tratar a outra parte. Come compota de abóbora com amêndoa, delicia-te e esquece o ordinário do teu ex-marido de uma vez por todas!




Tema: A Constança precisa duma mascara capilar mas o teu patrão só quer que vendas compotas de abobora com amêndoa. Convence-a  a escolher a compota para usar 

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Paradigmas - 6 - Quem é afinal Jesus?


NovoTempoPortugal
24/10/2019

O que pode justificar que um simples homem, num tempo tão longínquo e até obscuro como aquele em que Jesus viveu, tenha tido um impacto tão grande na história da humanidade?

A prova de que Jesus realmente viveu, pode encontrar-se em escritos (livros, ensaios, cartas) de escritores não cristãos da época.

A prova do Seu impacto no mundo pode resumir-se aqui:


quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Paradigmas: As Religiões São o Problema ou a Solução?


NovoTempoPortugal
23/10/2019

Historicamente, as religiões têm-se mostrado um bem e um mal para a humanidade. 

Uma imagem positiva e bem fundamentada de Deus, tem sido afetada pelo comportamento das religiões e sobretudo de líderes religiosos.

Convém analisar que as religiões não são semelhantes e o que têm de diferente é muito profundo.
As diferenças no contéudo das suas visões da vida e de Deus não devem ser aligeiradas, porque acreditam todas que existe Alguém, mas as respostas que existem, diferentes, às mesmas questões, são exclusivas de cada religião.
Duas estruturas de crenças que têm respostas diferentes à mesma questão, não podem ambas ser verdadeiras.

Se uma religião sobre a morte propõe a reencarnação sucessiva de uma alma em outros seres e outra religião propõe que a morte é um sono e que não se vai a lado nenhum até que Deus intervenha e traga de novo à vida, aqueles que morreram, excluem-se umas à outra. Não são iguais.

Há 4 padrões pelos quais devemos analisar cada uma das várias religiões. E só aquela que responder às 4 de forma coerente é a verdadeira.


quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Ondas em Água Doce - Medo - Talvez Devas falar com Alguém

Há uns dias li uma publicação num blogue conhecido, na qual transcrevia uma pequena citação do livro  "Maybe You Should Talk to Someone", de  Lori Gottlieb.


Sinopse:
"Alguma vez imaginaram o que o vosso psicoterapeuta está realmente a pensar? Agora podem descobrir... um livro divertido, embora provocador e supreendente, leva-nos aos bastidores da vida de uma psicoterapeuta.
Apresento-vos Lori Gottlieb uma terapeuta perspicaz e compassiva, cujos pacientes apresentam todos os tipos de problemas. Existem os recém papás, que lutam com a sua nova situação, a senhora de mais idade que acha que não tem nenhuma razão para viver, o jovem auto-destrutivo e alcoólico, e o doente terminal de 35 anos recém casado. E também existe John, um produtor de televisão narcisista, que francamente parece ser um pouco idiota.
Ao longo de um ano, todos fazem progressos. Mas Gottlieb não é apenas uma terapeuta, ela é também uma paciente que está numa jornada individual própria.
Intercaladas com histórias dos seus pacientes, estão as suas próprias sessões de terapia, enquanto Gottlieb segue em busca das raízes escondidas de um devastador e transformador evento.
Pessoal, revelador, divertido e sábio, Maybe You Should to Someone (Talvez Devas Falar com Alguém) abre uma rara janela num mundo que normalmente está rodeado por secretismo, oferecendo uma esclarecedora viagem por um processo produndamente privado."

Deve ser uma leitura bastante interessante e que nos fará pensar, mas para já não me parece que esteja disponivel em português. Em inglês poderá ser uma boa alternativa, para quem tenha facilidade em ler.

E isto tudo porquê?
Para propor a leitura deste livro e comentar o trecho que foi escolhido pela autora desse blogue que falava do medo. Ou melhor dos medos que nos assolam. Alguns objetivos, avassaladores, outros mais leves mas que nos ocupam a mente. E o pior nestes medos, é a nossa dificuldade em assumi-los, para nós próprios.

Esta dificuldade prende-se com mais medos. Medo de sermos chamados obsessivos, pessimistas, covardes, incapazes... e outros adjetivos que não vale a pena acrescentar.

Uma vez que tenho andado a partilhar uma série de reflexões sobre vários temas e o ultimo foi "Porque existe o sofrimento?", achei que caía na hora certa comentar este livro, mais exatamente esse ponto que fala do medo, que não deixa de ser uma espécie de sofrimento quando o próprio sofrimento ou a possibilidade de ele nos alcançar, nos mete medo.

E para terminar esta conversa, transcrevo o meu comentário a essa publicação:

Sentir medo faz parte de nós, humanos, somos falhos. Queremos e até podemos achar que sim, mas não controlamos a coisa. Sózinhos não.. Mas não podemos deixar que o medo nos páre. O medo pode surgir, mas nós, podemos ultrapassá-lo, passar de volta, saltar por cima... avançar. Só temos que (confessar o nosso medo a Quem entenda exatamente o que sentimos) estender a mão a Quem a pode segurar e deixá-Lo guiar-nos. É fácil? Não será, se não O conhecermos. Até parecerá de loucos confiar em Alguém que não se vê, mas a fé é assim... a certeza do que se espera e a prova do que não se vê. E confiantes, em qualquer circunstância, no Deus que muitos ignoram, não deixaremos de ter medo, mas não deixaremos que o medo nos vença!

E para conclusão, não posso deixar de partilhar um trecho de um livro, já que iniciei com um livro que diz:
"... (é um risco) demorarmo-nos sobre as nossas próprias faltas e fraquezas... não devemos fazer do eu o centro e condescender com a ansiedade e o temor... Tudo isto desvia a alma da Fonte da nossa força. Entrega a guarda da tua alma a Deus, e confia n'Ele. Fala e pensa em Jesus. Deixa o eu perder-se n'Ele. Afasta toda a dúvida; desvia os teus temores... Descansa em Deus, Ele é apto para guardar aquilo que Lhe confiaste. Se te abandonares nas Suas mãos, Ele te levará a seres mais do que vencedor por Aquele que te amou." (O Caminho para a Esperança)

Mesmo os que não creem em Deus, não são religiosos ou espirituais, gostariam de ter esta ação nas suas vidas. Este, descansar... e ser vitorioso.

Paradigmas: Porque existe o sofrimento?



NovoTempoPortugal
22/10/2019

Quando passamos por momentos de sofrimento e de angústia, tendemos a recorer a Deus ou a revoltar-nos contra Ele?

É possível conciliar a fé num Deus de amor e Todo-Poderoso com o mal e injustiça que vemos no mundo?

Na párabola conhecida do trigo e do joio, Jesus contava, a propósito de um incidente num campo, onde supostamemte só tinham plantado bom trigo: E os servos do pai de familia, indo ter com ele, disseram-lhe; Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Porque tem então joio? E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. (Mateus 13:28). Quão real, nos parece a explicação que a Bíblia dá, de que o mal tem origem num "inimigo", nosso e de Deus?

Paradigmas: Qual a credibilidade da Bíblia?




NovoTempoPortugal
21/10/2019

Que beneficios pessoas podem trazer às nossas vidas a leitura e estudo da Bíblia?
Se existem outros livros ou escritos considerados sagrados, o que distingue a Bíblia como obra inspirada por Deus?
No relato da Sua tentação, lemos a seguinte afirmação de Jesus: "Está escrito, nem só de pão viverá o homem, mas de toda a plavra que procede da boca de Deus" (Mateus 4:4).

A Bíblia é o livro que melhor apresenta e explica os exemplos de vida e valores e pode mudar o rumo da nossa.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Paradigmas: Deus existe?


NovoTempoPortugal
20/10/2019

"Qual é a justificação para um numero cada vez maior de pessoas se afirmarem descrentes em Deus?
Embora atualmente sejam apenas 7% da população mudial, está a aumentar.
Será necessária mais fé para se acreditar na existência de um Deus criador de todas as coisas, ou que o Universo é fruto de um "feliz" acaso?
Lemos na Bíblia "Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificiou todas as coisas é Deus" (Hebreus 3:4). O que aprendemos sobre o Criador, ao observarmos  a nossa "casa", ou seja, o Planeta e o Universo em que vivemos?"

A complexidade e organizada e constante operacionalidade deste mundo e do homem, não se podem justificar por um simples acaso. Um planeamento sábio foi necessário, para que as leis (da fisica e da matemática) ou os processos que se repetem constantememte e de forma estável, existam.

É mais sábio crer no acaso ou em um Deus Ser Supremo e Criador?

Há respostas neste vídeo.

Paradigmas: O que é a verdade?


NovoTempoPortugal - dia 19/10/2019

"No Séc.XXI falar em verdades absolutas é facilmente rotulado como uma ideia retrógrada, e por vezes, até preconceituosa. Fará ainda sentido crer numa verdade objetiva, ou cada pessoas deve definir o que é verdade para si?
O humanista e ateu John Dewey (1859-1952) declarou: "Nao há espaço para a lei fixa e naturak ou para absolutos morais." A acreditar que não existem absolutos morais, de onde vem o sentido moral que temos como seres humanos? Como pode alguém afirmar que uma coisa está certa ou errada, se não há um padrão definido?
Jesus disse: Conhecereis a verdade e a verdade vois libertará" (João 8:32). Como é que se pode entender que há uma verdade que nos liberta num tempo em que a "verdade" de cada pessoa é tão valorizada?"

Se tiverem curiosidade em saber as respostas a estas perguntas, é só assistir.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Desafio de escrita dos pássaros #6




Desafio:

Escreve uma história romântica baseada no clássico "O Amor, uma cabana… e um frigorífico"


 Mariana abriu a porta de casa. Era a primeira vez que entrava em casa e a encontrava vazia. Há muitos meses que a rotina era a mesma, mas nesta tarde, não seria.
Ficou parada, sobre o tapete, como se esperasse ver alguém aparecer das três divisões que abriam para aquela entrada. Quando se capacitou que ninguém apareceria, entrou e fechou a porta devagar, em silêncio, para que a sua entrada fosse o mais silenciosa possível. Como se fosse necessário todo o cuidado, não fosse o ruído estragar o momento. Queira entrar, como se não entrasse. Sem acender a luz, largou a mochila em cima do sofá e ficou, mais uma vez parada, à espera.
Durante as últimas semanas, desejara como louca, um dia chegar a casa e ter a casa só para ela. Em silêncio, vazia de gente e sem ter de ouvir falar, sem ter de ir para a cozinha fazer qualquer coisa para comer, porque Duarte trabalhava em casa, mas sempre esperava que ela chegasse para comer, chegasse ela a que horas chegasse. E agora, ali estava com o desejo realizado.
Respirou fundo e foi para a cozinha. Hoje sentia fome. Não comera nada o dia todo, ansiosa com a aproximação daquela hora em que chegaria a casa e ninguém lá estaria para a receber. E agora a fome dava sinal.
Tirou uma peça de fruta do frigorifico vermelho que era um grito na cozinha toda em tons pastel e fechou a porta, acompanhando-a, num gesto dançado. Mordeu a maçã, abriu a porta e saiu para o quintal, o imenso quintal que ninguém imaginava, vindo da frente da casa.
Mordeu a maçã, e rodou para ficar de frente para a casa. Na realidade era uma cabana, uma cabana de quatro divisões incluindo a casa-de-banho e a cozinha. Uma cabana, escolhida por dois, no meio do nada, para dar largas a um amor que poderia durar, não fosse a ideia de Mariana comprar aquele maldito frigorifico vermelho, que tanto exasperou Duarte, mais virado para as coisas pastel, mornas, insonsas…
Mariana deu nova dentada na maçã e sorriu, com os olhos postos no frigorifico que estava de frente para a porta. Afinal, mesmo com uma cabana, no meio do paraíso, nem todo o amor resistia a um frigorifico daqueles.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Barbante

Para descansar um pouquinho das publicações de textos (que estou a gostar muito), vamos falar de barbante, mais exatamente, de um trabalho que fiz em barbante.

A primeira vez que ouvi falar do dito material, andava na fase do trapilho e como não fazia a mínima ideia onde ir encontrar barbante deixei-me andar, a ver trabalhos por essa internet fora. O que mais se vê, devido à carateristica grosseira do fio e peso, são tapetes.
Tapetes com ar de "naperons", mas não deixam de ser tapetes. E tapetes para todas as divisões. Para algumas eu não concordo, mas não sou eu que mando na casa de cada um, por isso... avancemos...

Quando descobri barbante numa loja ao pé de mim, em todas as cores possiveis, comprei um rolo para testar e para opinar.

Em primeiro lugar, o trabalho rende. E rende mesmo , porque vemos o trabalho a crescer em cada volta.
Pensei em fazer um tapete, mas com o caminhar da coisa, não me convenci e travei a meio do trabalho, para testar em outras utilizações.






Não uso "naperons" embora os haja muito bonitos e já os tenha usado, há uns anos atrás, mas agora prefiro as superficies livres, e uso apenas um corre-mesa, ou algo semelhante, na mesa da cozinha. Resolvi testar todas as possibilidades de utilização, face ao tamanho e à espessura da peça e registar para vos mostrar.
Como centro de mesa, como escorredor, como cobertura da máquina de lavar, e como base para quentes.





Gostei do assentar da coisa, pois como é pesado, não fica com os cantos levantados, no entanto:

Como centro de mesa faz-me lembrar um naperon grosso e não me parece. Talvez ainda teste outro tipo de "naperon" mais comprido e noutra cor. O grosseiro do material disfarçará a ideia.

Como escorredor não está mal, porque até absorve a água, mas precisava de ter um ponto mais fechado, para aproveitar completamente

Como cobertura da máquina, também vai muito bem. Substitui de uma forma mais adequada os panos de cozinha que uso para a cobrir e só precisa ser maior, para funcionar a 100%.

Como base para quentes, cumpre lindamente a sua função e irá continuar a ser usado.


Concluindo, serve muitos propósitos e pretendo repetir a façanha, para dois trabalhos, mas em outra cor: cobertura de máquina e corre mesa. E com as sobras poderei fazer mais bases para quentes.

Se tiverem pachorra para tanto, opinem. Digam se já trabalharam com este fio e qual a vossa opinião.






sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Desafio de escrita dos pássaros #5




Não vejo porque razão deva haver um impasse no destino de Hitler. Reza a tradição que o purgatório, é o local, condição ou processo de purificação ou castigo temporário em que “almas” dos que morrem são preparadas para o céu.
Não me parece que Hitler seja merecedor desse interregno. Ele tomou a purificação da sociedade, nas suas mãos, com os horrores que já se conhecem e o seu resultado. Não há lugar para duvidar de qual será o seu destino, nem para lhe dar aplicar outro veredicto que não seja o inferno.
Mas, se o purgatório não existe, não há defesa ou acusação que dê a Hitler a sua sentença, que já recebeu em vida, pois é em vida que a purificação deve ser feita. É nesta vida, que devemos dar o nosso melhor para ir para o céu (vida eterna) e evitar o inferno (morte eterna).
A não existência de purgatório, equivale a que as almas vão diretamente para o céu ou para o inferno. E para irem para um desses lados quando morrem, deveriam existir depois do corpo morrer. E não existem.
Corpo e alma são uno. Um não existe sem o outro. O corpo morre se não tiver alma e a alma não existe sem corpo. Porque a alma é a vida desse corpo. É por isso que o homem se chama alma vivente.
Hitler, que é dele que trata este texto, enquanto alma vivente, fez o que pode para garantir o seu destino.  E o seu destino, não é ficar inconsciente e descansado na sepultura. Quando, for desperto e confrontado com tudo o que fez, coisa que quis evitar ao suicidar-se, entenderá o que angariou com as atrocidades que permitiu, tomará consciência da recompensa que irá receber e da não existência de uma segunda oportunidade para se purificar. Então, a sentença será posta em prática e a morte por onde fez tantos passarem, será o seu destino, em forma de um fogo que o destruirá, para sempre, do tamanho da sua maldade.
E afinal, existe um interregno na história de Hitler, onde ninguém o vai acusar ou defender, porque o seu veredicto já está decidido.
E o que deverá fazer-nos pensar, é que estamos todos na pele de Hitler, com a diferença de que nós, os vivos, ainda temos a oportunidade de ser ilibados.


terça-feira, 8 de outubro de 2019

Desafio de escrita dos pássaros #4




A palavra soou como um estrondo embora tenha sido dita em voz baixa.
Ecoou na sala. Um eco de resposta demorada que só se fez sentir quando todos se calaram e o silencio invadiu a sala. Não sei se foi o eco da palavra, ou o silêncio que ela provocou que fizeram mais ruido.
Como os líquidos escorrem pelas paredes quando se atira uma garrafa contra elas, era assim que o eco escorria pelo silêncio. Como se fosse sujo, mas não era, como se cheirasse a álcool, mas não cheirava, como se fizesse lembrar qualquer coisa infame, mas não lembrava, como se fosse deixar uma marca, um rasto por onde passava. E deixou.
Quem ouviu, deixou a palavra escorrer, para melhor tomar consciência do que fora dito.
Quando o eco deixou de se ouvir, o silencio manteve-se e todos os rostos se voltaram, uns para os outros. Ironicamente, não se atreviam a olhar para a pessoa que dissera a palavra, como se assim não a tornassem real, palpável e ainda tivessem esperança que tivesse sido só impressão, uma má impressão. Preferiram olhar uns para os outros, incomodados e confusos.
Ao aperceber-se da ação que a palavra tomara, a sua autora repetiu a palavra, desta vez mais alto, para que não voltasse a haver nem dúvidas, e repetiu para que não houvesse tempo de a deixarem escorrer pela parede, a tentar perceber onde ir encaixar aquela resposta.
Toda a vida, havia dito que sim. Sim às ordens, sim aos desafios, sim às perguntas, sim às opiniões dos outros, sim… sim… como se só os outros importassem.
Desta vez, experimentou o não. Beatriz disse não a uma coisa tão simples, tão básica, tão triste e sentiu-se completa, profunda, feliz.
E o que os outros pensavam disso, não lhe importava. Que arranjassem mais alguém para dizer sim, porque agora ela passaria a dizer não!