Não vejo
porque razão deva haver um impasse no destino de Hitler. Reza a tradição que o
purgatório, é o local, condição ou processo de purificação ou castigo
temporário em que “almas” dos que morrem são preparadas para o céu.
Não me
parece que Hitler seja merecedor desse interregno. Ele tomou a purificação da
sociedade, nas suas mãos, com os horrores que já se conhecem e o seu resultado.
Não há lugar para duvidar de qual será o seu destino, nem para lhe dar aplicar
outro veredicto que não seja o inferno.
Mas, se o
purgatório não existe, não há defesa ou acusação que dê a Hitler a sua sentença,
que já recebeu em vida, pois é em vida que a purificação deve ser feita. É
nesta vida, que devemos dar o nosso melhor para ir para o céu (vida eterna) e
evitar o inferno (morte eterna).
A não
existência de purgatório, equivale a que as almas vão diretamente para o céu ou
para o inferno. E para irem para um desses lados quando morrem, deveriam
existir depois do corpo morrer. E não existem.
Corpo e alma
são uno. Um não existe sem o outro. O corpo morre se não tiver alma e a alma
não existe sem corpo. Porque a alma é a vida desse corpo. É por isso que o
homem se chama alma vivente.
Hitler, que
é dele que trata este texto, enquanto alma vivente, fez o que pode para
garantir o seu destino. E o seu destino, não é ficar inconsciente e
descansado na sepultura. Quando, for desperto e confrontado com tudo o que fez,
coisa que quis evitar ao suicidar-se, entenderá o que angariou com as
atrocidades que permitiu, tomará consciência da recompensa que irá receber e da
não existência de uma segunda oportunidade para se purificar. Então, a sentença
será posta em prática e a morte por onde fez tantos passarem, será o seu
destino, em forma de um fogo que o destruirá, para sempre, do tamanho da sua
maldade.
E afinal,
existe um interregno na história de Hitler, onde ninguém o vai acusar ou
defender, porque o seu veredicto já está decidido.
E o que
deverá fazer-nos pensar, é que estamos todos na pele de Hitler, com a diferença
de que nós, os vivos, ainda temos a oportunidade de ser ilibados.
3 comentários:
"as atrocidades que permitiu"
Não se limitou a permitir: incentivou.
Sim, sim, um fogo em lume brando, que o churrasque muito devagarinho. De preferência encarreguem o Joker - o do Jared Letto - a tratar disso, ele é especialista em requintes de malvadez. Uma boa argumentação.
Como a Sarin diz incentivou.
Pior, é que as políticas segregadoras racistas e assassinas que eram a base do seu regime continuam a ter seguidores
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