segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Fé Sustentável

 


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Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas. Apocalipse 14:7, ARA

Nós, criacionistas, temos muito a dizer.Não só sobre a saúde das pessoas, mas também sobre a saúde do nosso planeta, criado por Deus. Devemos nos envolver mais na proteção da Terra, e eu lhe apresento a seguir algumas ideias – não minhas, mas da ONU – para que possamos ser melhores mordomos das obras do Criador.

1. Não desperdice desnecessariamente. Aproveite a água com sabedoria, tome um banho mais curto e feche as torneiras quando não precisar. Não gaste mais energia elétrica do que a necessária. Reduza o emprego de papel, imprima nos dois lados da folha e dê preferência a arquivos eletrônicos. Consuma menos, faça uma lista do que está faltando em casa antes de ir às compras e não se deixe manipular pela publicidade.

2. Reutilize tudo o que for possível. Transforme garrafas PET em vasos, utilize a água da lavagem das frutas e verduras para regar as plantas e faça compostagem do lixo orgânico.

3. Recicle todos os dias. Faça uma coleta seletiva dos resíduos, compactando-os para que ocupem menos espaço. Recicle pilhas, aparelhos eletrônicos, óleo e lâmpadas.

4. Empregue energias alternativas. Informe-se sobre o uso adequado de fontes renováveis de energia, utilize aparelhos que usem energia solar e compre eletrodomésticos eficientes e de baixo consumo.

5. Eduque sobre o respeito pelo planeta. Deus nos colocou neste jardim, e devemos ensinar essa mensagem aos que nos seguem. Não somos donos deste mundo, e sim o Senhor, que o desenhou de forma única e maravilhosa. Respeitar o planeta é respeitar a Deus como Criador. Precisamos superar o materialismo e o consumismo e propor modelos de vida mais próximos daquilo que será a nova Terra.

 “Ao Senhor pertence a Terra e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam” (Sl 24:1). “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das Suas mãos” (Sl 19:1). Com nossas palavras e ações, adoremos Aquele que fez o céu, a terra, o mar e as fontes das águas. O Eterno merece nossa gratidão e nosso compromisso em cuidar do mundo que Ele nos deu.

(Devocional para Adultos, Segunda 11 de Novembro 2024)



quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Graça no Saleiro

 


Que a palavra dita por vocês seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibam como devem responder a cada um. Colossenses 4:6

Cádiz, na Espanha, é uma cidade de contrastes, onde a antiga história se mistura com a realidade do presente. Essa cidade tem visto muitas mudanças ao longo dos anos, mas uma coisa permanece inalterada: a alegria contagiante de seus habitantes.

Os gaditanos são conhecidos por sua maneira divertida e criativa de se expressar, mesmo em situações difíceis. Eles dominam a arte de evitar o enfrentamento verbal e, ao mesmo tempo, não deixar de ser assertivos. Sua palavra é “temperada com sal”. Esse tipo de “graça no saleiro” é incentivado na Bíblia, especialmente pelo apóstolo Paulo. Ele nos exorta a falar com inteligência social e de forma agradável.

A graça de Cristo nos dá uma nova identidade e uma nova perspectiva sobre a vida. Ela nos torna filhos de Deus e nos enche de gratidão e alegria. Jesus é o maior exemplo de “graça no saleiro”. Ele sabia falar com as pessoas de acordo com suas necessidades, consolando-as em seus pesares e fortalecendo-as em suas incertezas.Ele nunca ofendia ninguém e sabia dar a cada um o que lhe era devido.

Em momentos de tensão, mantinha a serenidade e a simpatia, como quando respondeu à pergunta sobre o imposto devido a César.

Em situações complexas, usava o humor para aliviar o clima, como quando perguntou aos acusadores da mulher adúltera onde estavam os que a acusavam.

E em ocasiões de amor e devoção, defendia aqueles que eram discriminados, como quando elogiou a mulher que derramou perfume em Seus pés.

Assim como Jesus, nós também podemos ser cheios de “graça no saleiro”. Podemos aprender a falar com as pessoas de acordo com suas necessidades, confortando-as em seus momentos difíceis e inspirando-as em suas lutas. Podemos aprender a ser delicados e amorosos e a nunca ofender ninguém com nossas palavras. E, acima de tudo, podemos aprender a ser gratos por tudo o que recebemos e a compartilhar generosamente com os outros.

Se você tem dificuldade em fazer essas coisas, peça ajuda a Jesus. Ele é a fonte suprema de todo amor, bondade e delicadeza. Sua graça aplaina a aspereza de nosso caráter. Ele vai ajudá-lo a ser “sal da terra” e “luz do mundo” (Mt 5:13-16).

(Devocional para Adultos do dia. Quarta,  06 de Novembro de 2024)




terça-feira, 29 de outubro de 2024

Cansados deste Mundo

 

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Fiquem atentos, para não desprezarem nenhum destes pequeninos! Porque Eu afirmo a vocês que os anjos deles, lá nos Céus, veem incessantemente a face de Meu Pai celeste. Mateus 18:10

Uma cena impactante. Um menino sírio, de não mais que três anos, com seus olhos grandes e cabelos negros, chorava desesperado. Sua pele estava coberta de poeira e sangue, e manchas roxas marcavam o pescoço ao redor dos ferimentos. Sua expressão era de dor e confusão, um rosto que não entendia o absurdo da guerra. Muitos poderiam ver naquela foto apenas mais um retrato da violência sem sentido que assola nosso mundo, mas aquela imagem tocou profundamente os corações que a viram, pois aquele menino, pouco antes de morrer, deixou uma frase que ainda ecoa em nossa alma: “Quando eu morrer, vou contar tudo para Deus.” Tento imaginar o semblante do anjo da guarda daquele pequeno. Tento imaginar sua expressão ao ver o Pai do Céu após a morte da criança. Tento imaginar o Criador, com lágrimas nos olhos, cansado de ver tanta injustiça e opressão. Imagino o anjo sem palavras, pois não há linguagem que possa expressar a loucura da violência. Ele apenas espera o dia em que as coisas mudarão para sempre.

Deus ama as crianças.É por isso que Ele colocou em nosso coração o sentimento de ternura.É por isso que Ele as criou pequenas, mas perfeitas, vivendo a vida com graça e espontaneidade. Deus tem uma paixão especial por essas criaturas, e nada Lhe dói mais do que saber que alguém lhes fez mal. Que ninguém se atreva a tocar em Seus pequenos, pois terá que se ver com Ele! Se somos verdadeiramente filhos de Deus, essas coisas ainda nos afetam. Não devemos ficar indiferentes, mesmo que diariamente vejamos tragédias nos noticiários. Não podemos permitir que nossa sensibilidade desapareça.

Continuemos a ser humanos e, ainda mais, busquemos dar às crianças a perspectiva do futuro que nos aguarda. Se, assim como eu, você está cansado deste mundo de injustiças e dor, eu o convido a se comprometer a apressar o retorno de Jesus (2Pe 3:12), pois essa é nossa única esperança de um mundo verdadeiramente melhor, sem tristeza nem sofrimento.

Pregue o evangelho, ame as pessoas e faça a diferença na vida delas.

Dessa forma, muito em breve, como os anjos do Céu, veremos a face de nosso querido Criador.

(Devocional para Adultos Terça,  29 de Outubro 2024 )


sexta-feira, 25 de outubro de 2024

O Preço Justo

 


Tenho grande alegria no Senhor! A minha alma se alegra no meu Deus, porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com o manto de justiça. Isaías 61:10

Existe um programa de televisão chamado O Preço Certo, um jogo que consiste basicamente em tentar acertar o valor de um produto. Além de promover, de forma subliminar, certas mercadorias ou, explicitamente, estimular um estilo de vida consumista, o programa reflete a fixação humana em pagar o preço justo por algo. É desagradável pagar a mais por algo, enquanto pagar menos pode não causar a mesma reação. Geralmente as pessoas ficam felizes quando encontram um preço baixo. Ainda que algo não seja tão barato, procura-se sempre um preço justo.

No aspecto moral, também procuramos retribuições justas. Esperamos que cada pessoa receba exatamente o que merece e nos sentimos incomodados quando alguém que teve uma conduta inadequada tem sucesso na vida. Isso nos parece injusto, porque acreditamos que tal pessoa deveria pagar o preço pelo seu comportamento. 

No entanto, é assim que a Bíblia nos apresenta o tema da salvação. O preço justo pelos nossos pecados é a morte eterna. Despidos diante de Deus, não somos nada além de criaturas desorientadas que insistem em agir de maneira imprópria.

Em termos estritamente legais, deveríamos ser destruídos para sempre, mas Deus, sem violar a lei, ultrapassa os limites dessa estrutura formal.

Ele optou por pagar, de Seu próprio “bolso”, o preço justo, porque a justiça divina sempre caminha de mãos dadas com a misericórdia.

Na cruz, essa união se consumou para sempre.

Quanto custam as vestes da salvação? O preço é altíssimo: a vida e a morte do Filho de Deus. E quanto custa o manto da justiça? É igualmente caro.

Um preço tão elevado que, à primeira vista, poderia parecer um péssimo investimento quando olhamos para nós mesmos. Mas Deus não enxerga as coisas dessa forma.

Ele ama nos ver vestidos de pureza e santidade e bem agasalhados com a cobertura dos méritos de Cristo. Reconheça o imenso preço que Jesus pagou pela sua redenção.

As vestes que Ele nos concede realçam nossa aparência como filhos de Deus, destacam a elegância de nossos modos e costumes, são feitas sob medida e aquecem nosso coração.

E o melhor de tudo: são gratuitas – basta aceitar!

(Devocional para Adultos do dia, Sexta,  25 de Outubro de 2024)



segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Ainda é tempo

 


Sumo Sacerdote no Céu
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Foi instalada a sessão do tribunal e foram abertos os livros. Daniel 7:10

Em um dia como hoje, em 2126 a.C., um eclipse solar foi registrado na China, ofuscando a luz do Sol e escurecendo a Terra. Em 22 de outubro de 1811, nasceu um virtuoso pianista húngaro, Franz Liszt, cujo magnetismo pessoal ainda é lembrado.

Na mesma data, em 1906, faleceu um pintor francês que revolucionou a pintura moderna, Paul Cézanne. Em 22 de outubro de 1973, partiu um compositor e violoncelista espanhol, Pau Casals, que com sua música exaltou a paz como nenhum outro.

Mas, para nós, adventistas, o dia 22 de outubro de 1844 é a data que marca nossa história. Os mileritas esperavam a volta de Jesus e a purificação da Terra, mas a noite chegou e o Salvador não veio. Essa decepção é conhecida como o “grande desapontamento”.

Mas, aqueles que permaneceram estudando as Escrituras entenderam que algo grandioso havia acontecido: Jesus havia entrado no lugar santíssimo do santuário celestial para dar início ao juízo pré-advento, também conhecido como “juízo investigativo”.

Isso significa que Cristo, nosso Mediador, agora desempenha uma nova função, que vai além de Sua missão de interceder pelos pecadores.

Desde Sua ressurreição até 1844, Ele apresentou Seu sacrifício para perdoar e redimir os pecadores. Mas agora, além de perdoar, Ele leva a efeito a tarefa de separar o joio do trigo. No juízo investigativo, aqueles que têm apenas aparência de justos são separados dos verdadeiramente justos que permaneceram na graça de Cristo.

Não precisamos ter nenhum medo do juízo se nossa vida estiver nas mãos de Deus e confiarmos totalmente em Sua graça e na virtude do sangue do maravilhoso Salvador. Lembre-se do hino que diz: “Há poder, sim, força sem igual / Só no sangue de Jesus” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, no 123). Hoje é a “grande oportunidade” para todos nós. Cristo ainda intercede no santuário celestial.

Ainda é tempo de se arrepender, buscar perdão e confiar inteiramente nos méritos do sangue precioso de nosso Redentor.

Jesus nos oferece diariamente a chance de recomeçar, mas cabe a nós decidir aceitá-la ou não. Não desperdice essa oportunidade.

Com a ajuda de Cristo, abandone tudo o que o faz pecar e permita que seu nome continue no Livro da Vida.

(Devocional para Adultos do dia, Terça  22 de Outubro de 2024)

Sumo sacerdote no Lugar Santissimo na Terra
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O Duo Dinâmico

 

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Logo a Lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte. Gálatas 3:21

A lei e o Evangelho não podem estar separados. Em Cristo a misericórdia e a verdade encontraram-se; a justiça e a paz se beijaram.  O Evangelho não ignorou as obrigações devidas a Deus por homens e mulheres. O Evangelho é a Lei desdobrada, nada mais, nada menos. Ele não oferece mais latitude para pecar do que a Lei. A Lei aponta para Cristo; Cristo aponta para a Lei. O Evangelho chama-nos ao arrependimento. Arrependimento de quê? Do pecado. E o que é o pecado? É a transgressão da Lei. Portanto, o Evangelho chama pecadores, para que regressem das suas transgressões para a obediência à Lei de Deus. Jesus, na Sua vida e morte, ensinou a mais estrita obediência. Ele morreu, o Justo pelos injustos, o Inocente pelos culpados, para que a honra da Lei de Deus pudesse ser preservada, e ainda assim a Humanidade não perecesse completamente.

A obra da salvação tanto na dispensação do Antigo como do Novo Testamento é a mesma…

Satanás está a operar com todo o seu poder enganador para prender o mundo na sua armadilha. Ele quer que os seres humanos creiam que este grande sacrifício (de Cristo) foi feito para abolir a Lei de Deus, Ele representa Cristo como opondo-Se à lei do governo de Deus no Céu e na Terra. Mas o Soberano do mundo tem uma Lei pela qual governa as Suas inteligências celestes e a Sua família humana, e a morte do Seu Filho fixa a imutabilidade dessa Lei de modo inquestionável. Deus não tem qualquer intenção de eliminar o Seu grande padrão de justiça. Por este padrão Ele pode definir o que é um caráter correto.

É necessário que cada ser inteligente compreenda os princípios da Lei de Deus. Cristo, através do apóstolo Tiago, declara: “Qualquer que guardar toda a Lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.” Estas palavras foram pronunciadas depois da morte de Cristo; portanto, a Lei vinculava todos os que viviam nessa altura…

As pessoas podem falar de liberdade, liberdade evangélica. Elas podem declarar que não estão sob a servidão da Lei. Mas a influência de uma esperança do Evangelho não levará os pecadores a olharem para a salvação vinda de Cristo como oferecendo graça barata ao mesmo tempo que continuam a viver em transgressão da Lei de Deus.

Quando a luz da verdade amanhece na sua mente e compreendem plenamente os requisitos de Deus e percebem a extensão das suas transgressões, eles reformarão os seus caminhos, tornar-se-ão leais a Deus mediante a força obtida do seu Salvador e levarão uma nova e mais pura vida.

(Signs of Times, 25 de Fevereiro de 1897)

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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Ser cristão

 

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Num mundo em que todos se entitulam alguma coisa e ser cristão quase virou moda para alguns, é importante ver a definição de cristão no dicionário. Escolhi o Infopédia.

cris.tão separador fonéticakriʃˈtɐ̃w̃

adjetivo
1.
pertencente ao cristianismo
2.
que crê em Jesus Cristo
3.
figurado (ato, gesto) que obedece aos princípios do cristianismo
4.
figurado razoávelconveniente
nome masculino
aquele que professa religião cristã

Do latim christiānu-, «idem»


Quando me desafiaram a definir o que é ser cristão em 10 linhas, não resisti a partilhar aqui a minha singela opinião.

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Somos cristãos quando ouvimos a Sua voz pela manhã a nos despertar e agradecemos, pois, compreendemos que no final de cada dia deveríamos ter morrido.

Somos cristãos quando a vontade de Jesus passa a ser a nossa vontade e tudo o que queremos é amá-Lo e obedecer-Lhe. É ser submissos a Ele e aceitar a Sua disciplina quando nos desviamos e cair a Seus pés, certos da Sua infinita misericórdia, tal como David fez em 2 Samuel 24:14

Ser cristão é, durante o dia, manter a comunhão com Ele orando, louvando e estudar a Sua Palavra pois sem isso não conseguimos respirar e devemos respirar Cristo a cada instante.

É morrer de saudades de Jesus quando nos afastamos e renascer na Sua presença sempre que O buscamos.


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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Sentar

 

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Maria, sua irmã, ficou sentada aos pés do Senhor, ouvindo a Sua palavra. Lucas 10:39.

Proximidade nem sempre é sinônimo de intimidade. Um dia, Marta convidou Jesus para entrar em sua casa, mas, quando fechou a porta, acabou deixando o convidado de honra na sala e foi cuidar dos preparativos para que aquela visita fosse inesquecível. Essa história deixa claro que é possível receber Jesus em casa sem necessariamente dar atenção ao que Ele está dizendo. Hospedar não significa ouvir. Dividir o mesmo espaço geográfico nem sempre corresponde a compromisso. 

Há quem pense que, quando Jesus entra em nossa vida, Ele Se assenta em uma cadeira e fica em silêncio assistindo ao que estamos fazendo. Acham que andar com Cristo é ocupar os mesmos espaços que Ele. Se Jesus está dentro, então está tudo bem. Seguindo essa linha de pensamento, a presença de Cristo passa a ser uma espécie de amuleto que valida os esforços humanos. Jesus está lá, mas está em silêncio. 

A irmã mais nova de Marta teve uma postura diferente. Maria é citada pelo menos três vezes nos evangelhos. Em situações diferentes, mas sempre no mesmo lugar: aos pés de Jesus. Em João 11, ela se joga aos pés de Jesus para lamentar a perda de seu irmão Lázaro. Em João 12, ela se prostra para lavar os pés de Jesus, em sinal de adoração. No texto bíblico de hoje, em Lucas 10, ela aparece assentada para ouvir as palavras do Mestre da Galileia. Ali está Maria, aos pés de Jesus. Enquanto Marta vai de um lado para o outro, Maria senta e ouve. Maria entendeu que o que fazemos com Cristo é mais importante do que aquilo que fazemos para Cristo. 

Aprendi que as coisas no reino de Deus começam quando estamos sentados, dispostos a ouvir e aprender. Tem muita gente que aprendeu a correr antes de aprender a sentar. É gente que não para. Que realiza, que conquista, que alcança, mas que não conhece a boa parte. Falta ainda parar e ouvir Jesus, como fez Maria. 

Comece esse dia assentado na presença de Deus. Ouça o que Ele tem a ensinar sobre a vida e até sobre você mesmo. Não tenha pressa. Essa é a boa parte. Conhecê-la e desfrutá-la faz toda diferença.

(Meditação Jovem, Sexta-feira, 04 de outubro)

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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

À Flor da Pele


Nas férias, quando tentei atualizar as minhas leituras, dei uma olhadela pelos livros que estão na estante, por ler. Alerto já que não compro livros sem ter a certeza que os vou ler num curto espaço de tempo, mas este foi um dos que comprei numa loja em segunda mão para aproveitar o preço, tal como o anterior. Quatro livros custaram 5 euros.




Três mulheres que aparentemente, não têm nada em comum, a não ser a obsessão doentia e mortal de um psicopata que as escolheu como seus alvos.
Zoe é uma jovem professora primária atraente, recém-chegada à grande cidade. Jennifer é uma ex-manequim atualmente transformada em mãe e esposa modelo. Nadia é uma mulher irrepreensível e livre, animadora de grupos de crianças. Vivendo em locais diferentes de Londres, debatendo-se com os seus problemas e acaletando sonhos próprios, estas três  mulheres têm apenas uma coisa em comum: um potencial assassino que as persegue sádica e doentiamente. À medida que o calor do Verão se vai começando a sentir, estas mulheres começam a receber cartas revelando que estão a ser observadas, estudadas, amadas...até à morte. Todas elas, a príncipio, dirão que as cartas são ridiculas, depois incomodativas, depois aterradoras e, finalmente subjugantes.


Quando li esta sinopse, fiquei com a ideia de as três se iriam cruzar em algum momento das suas vidas, mas isso não aconteceu. A autora não as quis misturar, não quis que se conhecessem, para que se sentissem sós e impotentes nas suas vidas ameçadas.

O livro está dividido em três conjuntos de capítulos, narrados, na primeira pessoa por cada uma das três mulheres. 
O primeiro diz respeito a Zoe que faz queixa na polícia quando recebe a primeira carta e estranha quando se lhe apresentam, quase de imediato, à porta, dois agentes para averiguar. O interesse demonstrado, pela polícia, teve a ver com uma façanha de Zoe no início da narrativa, mas vai-se intensificando quando as cartas continuam a aparecer. 
Nunca nos apercebemos de quem é o psicopata que nos é apresentado no início do livro, como se escrevesse um diário onde se refere às mulheres de uma forma doentia e desagradável. 
Esta parte termina com aquilo que apesar de anunciado, achávamos que não iria acontecer.

No segundo conjunto é Jennifer a narradora, uma dona de casa que não se sente bem com a sua vida, com o seu marido, com os filhos nem com a recém comprada casa que em obras aumenta a sua habitual ansiedade e desespero. Quando recebe a primeira carta, aconselhada por uma amigo, queixa-se à polícia e a sua vida passa a incluir a permanência contínua dos inspetores e agentes, que lhe travam a continuação das obras e lhe aumentam o desespero. 
Acontece de novo e descobrimos que o psicopata era alguém que estava presente na sua vida, embora muito discretamente.

O terceiro conjunto é diferente. O psicopata imiscui-se delicadamente na vida de Nadia, como quem não quer ter nada a ver com ela, mas tentando ser agradável o suficiente para ser bem recebido, o que no meio do rodopio de policias, agentes e inspetores com que tem de viver diariamente, depois de fazer queixa de primeira carta, até é como uma lufada de ar fresco, que nos deixa "aflitos", a nós leitores, porque aqui já sabemos quem ele é. A dada altura Nadia também vai ficar "aflita" e por isso, o desfecho não é o que esperávamos.

Confesso que comeci a ler por curiosidade, e não dava nada pelo livro, achando que era apenas mais um thriller. Mas valeu muito a pena e aconselho, pois a mestria dos autores - já que se trata de uma dupla Nicci Gerard e Sean French, donde resulta o nome Nicci French - sabem como nos manter presos na narrativa, em especial na terceira parte.




quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Almas Cinzentas

 

Inverno de 1917. Numa pequena povoação da Lorena, a poucos quilómetros do campo de batalha onde decorre uma das maiores carnificinas da história da Europa, é descoberto o cadáver de uma menina de dez anos. O assassino é encontrado na figura de um jovem desertor que é imediatamente executado, ainda que uma testemunha diga que viu a criança encontrar-se com o insondável Procurador da terra na noite do crime.
Muitos anos depois, vai ser o polícia da aldeia, que desde o início duvidara da culpa atribuída ao rapaz, a relembrar o dia do crime e a cadeia de acontecimentos que o precederam e que se lhe seguiram. Uma história que termina com a tomada de consciência de que, na fronteira entre o bem e o mal, todos somos a um tempo culpados e inocentes, justos e injustos, almas cinzentas e atormentadas.


Toda a narrativa chega até nós entre vários tempos intercalados. Ora é presente, ora é passado. E mesmo dentro desses tempos, passados e presentes se voltam a intercalar. 

É através dessas narrativas em que a ação não nos é apresentada cronologicamente, que vamos conhecendo os personagens envolvidos em cada cena. Uns conhecemos desde o início da narrativa com presentes e passados, outros conhecemos apenas num momento, um momento em que o narrador apresentou, onde esse personagem esteve envolvido, e não voltamos a ouvir falar dele.

Só quase no final do livro nos apercebemos de quem é o narrador. Percebemo-lo  amargurado, desejoso de justiça, mas apanhado pelo meio pelas suas tragédias pessoais e só entendemos a importância que as essas tragédias têm, não no desenrolar da ação, mas no desenrolar das suas ações quando sabemos quem ele é.

O título do livro diz tudo, e ajuda-nos a entender os porquês das coisas, dos atos, sem os justificar.

Abaixo vou partilhar a opinião de alguns jornais, na altura da edição, que ajudarão a perceber porque é que o recomendo.

Críticas de imprensa

"Termina-se este romance envolvente e inquietante com a sensação de que tudo nele foi posto em causa, a começar pelo direito de julgar e punir. Num texto à superfície lento e repousado, as surpresas, os alçapões, a ambiguidade de certas atitudes questionam a vida e o leitor. Narrativa muito densa e realista, mas com registos de poema e outros de farsa trágica, Almas Cinzentas de Philippe Claudel, cativa-nos desde as primeiras linhas."
Urbano Tavares Rodrigues, Mil Folhas (Público), 22 de Janeiro de 2005

"Um magistral policial metafísico."
Le Figaro Magazine

"Philippe Claudel perturba, toca e submerge o leitor."
L’Express

"Com a sua prosa fluida, matizada com as cores da poesia e a ousadia do terror, Philippe Claudel compõe uma belíssima obra literária."
Madame Figaro

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Ho’oponopono

 

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Porque está escrito: “Sejam santos, porque Eu sou santo.” 1 Pedro 1:16

A verdadeira solenidade e santidade são mais do que meras formalidades. Não têm que ver com caras abatidas e semblantes extasiados, mas com o resultado de um profundo respeito e admiração por Deus e com a construção de um caráter sob a direção do Espírito Santo. É fácil se apegar a uma concepção mística e perder de vista a simplicidade da santidade. A santidade não é algo complicado, e Deus é o modelo perfeito para nós. É quando contemplamos a Deus e agimos em favor dos outros que a solenidade e a santidade são desenvolvidas. Não adianta nada falarmos como os próprios anjos se não temos amor pelos nossos semelhantes, pois a santidade começa em casa.

Há milhares de anos, no Havaí, é praticada uma técnica chamada ho’oponopono, que ajuda a melhorar os relacionamentos, principalmente em família.Consiste em quatro frases simples, mas poderosas, que constroem estruturas saudáveis. 

A primeira é “sinto muito”, que vai além de um simples pedido de desculpas.É a tristeza sincera de reconhecer que nossas ações causaram dano a alguém e a disposição de crescer e melhorar. 

A segunda é “perdoe-me”, que é um ato de entrega e humildade, dependente da graça do outro. Pedir perdão nos faz humanos e dependentes uns dos outros. 

A terceira é “obrigado”, que é mais do que uma simples fórmula de cortesia.É a chave para compreender a graça e reconhecer o esforço do outro em nosso benefício. 

A quarta é “amo você”, que expressa o atributo mais sublime de Deus e que pode ser partilhado por nós. Amar é o que mais nos aproxima de Deus, o que mais nos converte em santos. A santidade não é um privilégio de alguns escolhidos, mas uma possibilidade para todos. Ela é alcançada quando reconhecemos a santidade de Deus e buscamos imitá-la.

Não é algo místico nem complexo, mas a construção de um caráter baseado em amor e humildade. O ho’oponopono é um exemplo simples e eficaz de como podemos melhorar nossos relacionamentos e nos tornarmos mais santos.Que possamos incorporar essas frases em nossa vida e ser exemplos de solenidade e santidade para o mundo. A santidade começa em casa, mas se expande para abraçar o Universo inteiro.

Devocional paraAdultosdo diaSábado,  21 de Septiembre del 2024 

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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Abraços

 

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E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: “Salve!” E elas, aproximando-se, abraçaram os pés Dele e O adoraram. Mateus 28:9

Era uma madrugada de dores e incertezas, em que duas mulheres lutavam para encontrar o sono em meio ao tormento que as sufocava. Despertaram antes do amanhecer e decidiram ir até a tumba, na esperança de encontrar consolo ou talvez alguma resposta para suas angústias. Mas lá, em vez do corpo de Cristo, encontraram um anjo que lhes revelou o milagre: o Mestre havia ressuscitado e Seu corpo não mais repousava na sepultura. Orientou-as a buscar os discípulos para lhes anunciar a boa notícia. Em meio a um misto de respeito e júbilo, as mulheres voltavam do túmulo quando se depararam com o próprio Cristo, vivo e radiante. Foi um encontro comovente, em que elas, reconhecendo-O, se lançaram aos Seus pés e O abraçaram com todo o amor que lhes era possível.

A cena era bela e tocante, um testemunho vivo do afeto que aquelas servas de Deus nutriam por seu Senhor e Mestre. Refletindo sobre essa imagem, surge a pergunta: Como abraçamos a Jesus? Existem várias formas de abraçá-Lo, cada uma delas revelando algo importante sobre nossa relação com Ele. 

Há o “abraço ponte”, distante e protocolar, que demonstra apenas uma relação esporádica e superficial. Há o abraço com tapinhas nas costas, um reconhecimento mútuo que não implica intimidade nem afeto profundo. Há também o “abraço lateral”, em que, com o braço sobre o ombro de nosso Amigo, caminhamos lado a lado com Jesus, sentindo Sua presença constante em nossa vida.

Mas há ainda um tipo de abraço que se destaca entre todos os demais: o abraço sentido, intenso e afetuoso, que traz consigo a confiança, a tranquilidade, o consolo e a cumplicidade que só existem entre amigos verdadeiros e chegados.

É um abraço duradouro, que revigora a alma e reforça os laços que nos unem a Cristo. Às vezes, no silêncio da alma, não temos força nem mesmo para orar, mas nessas horas de angústia podemos nos expressar a Deus dizendo: “Pai querido, abraça-me. Não consigo sequer orar, mas sei que Teus braços onipotentes me envolvem. Eu confio em Ti.” O Senhor nunca rejeitará o abraço de um filho sincero. Ele nos ama e está de braços abertos para nos acolher. Sinta o coração de Deus bater junto ao seu. Ele compreende você.

(Devocional paraAdultosdo diaViernes,  13 de Septiembre del 2024)


segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Estar, parecer ou ser

 

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Jesus respondeu: “Eu sou, e vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu.” Marcos 14:62

Existem os que estão, existem os que parecem e existem os que são.

Por ocasião da Páscoa, reunidos em conselho, estavam aqueles que gostavam de estar ou que lhes correspondia estar ali, mas só estavam.O sumo sacerdote era um deles.Ele representava o que havia de mais elevado na religião judaica, mas tinha usado alguns truques para realizar um juízo ilegal.

Havia os que pareciam, pois simplesmente não sabiam como reagir. José de Arimateia e Nicodemos foram exemplos dessa classe de pessoas.Sentiam no coração a inocência do Mestre da Galileia, mas o rosto deles refletia apenas tensão. E havia Aquele que, apesar dos pesares, continuava sendo o que era.

E Jesus era. Era porque sempre foi, desde a primeira gota que se separou no Mar Vermelho, desde que o primeiro raio de luz rompeu a escuridão, desde o primeiro dia em que caiu o maná. Era porque era, desde a primeira gota que se converteu em um vermelho suco de uva, desde a primeira imagem contemplada pelo cego, desde o primeiro pão que alimentou a multidão. Era porque sempre será, desde o vermelho sangue que verteu de Sua fronte, desde o refulgir de Sua ressurreição, desde o pão dos discípulos de Emaús. O sumo sacerdote teve a ousadia de perguntar se Jesus era o Messias, o “Filho do Bendito” (Mc 14: 61).

“Bendito”, nem sequer teve a petulância de mencionar o nome de Deus, já que sua função não lhe permitia isso. Mas teve o atrevimento de questionar o mesmo Deus por essa mesma função. São coisas do estar sem ser. E Jesus respondeu: “Eu sou”.

Ele não ocupava um lugar apenas por ocupá-lo.Não parecia nem tinha a pretensão de ser algo. Ele era, Ele é.

E Ele continua nos dizendo: “Sou Eu quando você chega cansado do trabalho e vê no horizonte o carmesim do pôr do sol. Sou Eu quando os pensamentos parecem sombrios e, sem esperar, um pequeno lampejo ilumina a mente. Sou Eu quando você está apertado no fim do mês e encontra uma oferta no supermercado da esquina.” Um dia, quando virmos Jesus voltar em glória e majestade, poderemos tocar Suas cicatrizes, desfrutaremos do brilho de Seu olhar e cearemos com Ele. Por que não imitar o exemplo de Jesus e ser como Ele, preparando-se para esse grande encontro.

(Devocional paraAdultosdo diaMiércoles,  14 de Agosto del 2024 )

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Saga "Mortal"

 Antes de retomar as minhas publicações/reflexões, gostava de, agora que acabei as férias de verão, falar um pouco sobre leitura.

Como tantas outras pessoas os livros são uma das minhas paixões desde que me lembro. Escrever contos, ler livros foi sempre uma "coisa" que viveu comigo a partir dos meus 11 ou 12 anos de idade. No decorrer da minha vida, que já vai "entradota" li de tudo um pouco. Umas coisas gostei muito, outras menos e outras nada. Por isso, comecei a fazer escolhas e a dada altura limitei os géneros, mas mesmo assim, com bastante variedade. Há uns quatro anos, quando decidi que ia tirar uma licenciatura em Humanidades, tive a oportunidade de ler obras e autores que em outra ocasião nunca iria ler. Confirmei alguns gostos e percebi alguns não gostos e descobri alguns novos gostos.

Nessa altura tomei uma decisão e passei a dedicar mais tempo a ler obras de cariz cristão, não ficcionais, tais como estudos, comentários, etc, que costumavam ficar para quando havia tempo extra, e também obras de história, psicologia, etc.. No meio de tanta coisa nova, mantive apenas uns dois ou três autores ficcionais como os únicos que aceito ler, pelo meio, em algum momento.

Um desses momentos são as férias e um desses autores é português e chama-se Bruno Franco.

A primeira vez que li Bruno Franco foi há uns bons anos, que agora não consigo precisar e nessa altura achava que ele era apenas um escritor amador como eu. Como estava enganada!!

Além de ser autor do meu tipo de obra de ficção preferida, é um autor de mão cheia, ou será de caneta cheia? E atualmente a Saga "Mortal" dá que falar em todas as redes sociais e quem ainda não ouviu falar ou não falou dela, não perca mais tempo e vá ler.

A dupla de inspetores Leonardo Rosa e Marta Mateus vieram para se instalar nas nossas vidas e nós deixamos porque a escrita do autor é impecável.
Bruno Franco não tem uma narrativa pesada, complicada e cheia de detalhes que na maior parte dos livros do género nos cansam e nos tiram o foco, mas tem uma narrativa fluída, envolvente e com tudo o que é necessário para nos prender à leitura, sem dó nem piedade. E o bom é que nós lemos e nem damos pelo tempo passar, nem na narrativa nem na realidade do momento da leitura, de tal maneira nos envolvemos na leitura.

Esta saga começou em 2021, com um livro por ano. Lemos, queremos o seguinte e, a custo, esperamos pelo próximo. O pior, ou será o melhor?, é que os últimos dois não nos deram tanto tempo para respirar. Um saiu em setembro de 2023 e o último em Junho de 2024. Este é um prazo relativamente alargado para quem os leu no momento da edição, mas para quem os leu, como eu, um numa semana e o outro na outra, foi de ficar sem fôlego.

Antes de mais devo dizer que não se deve ler o quarto "Vingança Mortal" sem ler antes o terceiro "Fúria Mortal", ou não entenderemos o porquê de certos acontecimentos e não se deve ler nenhum dos dois sem ler antes o "Jogo Mortal", que é o grande responsável pelas coisas que acontecerão no quarto. Quanto ao primeiro é importante que se leia para conhecermos os inspetores, conhecermos o seu criador e ficarmos na expetativa do que se segue.

Uma vez que a ideia desta publicação não é exatamente opinar sobre cada um dos livros, mas fazer uma apresentação da Saga de que fazem parte, passo agora a um pequeno resumo e opinião dos ultimos dois, porque dos primeiros dois existe algures pelo blogue.
28 fev 2022 - Segredo Mortal
04 abril 2023 - Jogo Mortal


"Nos anos 90, um assassino em série aterrorizou Portugal. 

Nunca foi detido, nem sequer identificado pela Polícia Judiciária, tornando-se num dos maiores mistérios da justiça portuguesa. Trinta anos depois, uma mulher é brutalmente assassinada. Os inspetores Marta Mateus e Leonardo Rosa ficam encarregados do caso e, ao observarem a cena sangrenta, recordam-se de um antigo caso idêntico.Terá o assassino regressado décadas depois ou trata-se de um imitador? Quando mais corpos são encontrados em condições terríveis, a urgência em encontrar o culpado é cada vez maior e os inspetores pedem ajuda a um antigo aliado, para fazer frente a um assassino implacável e impossível de capturar.Inspirado em factos verídicos, Fúria Mortal é uma história alucinante, que mostra os meandros da mente mais macabra que se conheceu em Portugal.Conseguirão Marta e Leonardo pôr um ponto final na série de mulheres assassinadas?"


«Era um corpo. Morto. Um cadáver. Largou-o e gritou enquanto fugia, aterrorizada de morte.»

Corpos de homens e mulheres começam a surgir em Lisboa e arredores. Cada morte um modus operandi diferente. Cada cadáver mais mutilado que o outro. O psicopata responsável pelos crimes auto intitula-se de «Justiceiro», empurrando os inspetores Leonardo Rosa e Marta Mateus para uma investigação desenfreada para evitar mais mortes.Entretanto, Leonardo tem de enfrentar um reencontro inesperado que remexe em sentimentos e cicatrizes profundas e antigas, ao mesmo tempo que ajuda Marta a superar um trauma recente.No novo livro da Saga Mortal, nada é o que parece e ninguém está a salvo… nem o próprio Leonardo, que se sente cada vez mais dominado pela sua escuridão.Conseguirá escapar?"

Por ter lido os dois seguidos, não tive oportunidade de "respirar fundo", entre leituras. Foi uma narrativa que ao longo das páginas me fez sentir numa montanha russa  apenas com subidas, até que chegados a um topo quase impossível descemos vertiginosamente. Por isso, quando o segundo estava a chegar ao seu fim e a narrativa corria alucinante com cenas inesperadas atrás umas das outras, confesso que nas últimas páginas me senti sem fôlego. E acho que a dada altura um desabafo, quase audível, surgiu: O quê?! Não pode ser! Não esperava isto!

É por isso que recomendo Bruno Franco e a sua Saga Mortal. Deixa-nos assim...

Mas é melhor lerem os anteriores para entenderem este, como já comentei antes.



sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Um Sabonete Especial

 


De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a Tua Palavra. Salmo 119:9

Faz alguns anos, em nossas bodas de prata, minha esposa e eu viajamos para Cingapura. Queríamos conhecer o que a Ásia tinha a oferecer em uma ocasião como aquela. Muitas coisas ficaram em minha memória: o estranho bico do tucano-da-malásia, a variedade de orquídeas, a limpeza das ruas, a multidão de deuses e budas, o sabor do durião e… o sabonete do nosso hotel. Depois de viajar por vários países de diferentes continentes, posso afirmar que aqueles pequenos sabonetes são os melhores que já provei. Sua textura era sedosa; seu cheiro, afrutado e timidamente fresco. Faziam uma espuma adequada e entregavam uma suavidade que durava o dia inteiro. E, além de tudo, limpavam! Foi uma experiência excepcional.

O salmista não é indiferente à realidade da juventude e sabe que se manter puro neste mundo não é fácil. Tantas tentações, tantos impulsos, tantos hormônios, tantos desejos… O vigor da primavera da vida clama por plenitude.

Uma plenitude que muitas vezes deixa marcas de confusão, nódoas de culpa e frustração. E depois de um deslize, como enfrentar o fato de que já não somos tão puros, tão inocentes? Parece uma tarefa impossível. No entanto, o Senhor é o Deus dos impossíveis, e Ele nos oferece o melhor sabonete do Universo. Quando nos arrependemos de verdade, pedimos perdão e procuramos mudar, Ele nos perdoa. Ele apaga tudo e nos limpa da mancha mais persistente que possa existir. No contexto do Salmo 119, o “sabonete” de Deus é a Sua Palavra.

Sua textura sedosa nos deixa perfumados com a fragrância de Cristo e suavizados pelo Santo Espírito. Passamos então a exalar o aroma da esperança.

Quanto mais nos aproximamos de Jesus por meio da Palavra, mais puros e transformados ficamos. O caminho da pureza é possível, mesmo em uma sociedade tão contaminada. “Sejam santos, porque Eu sou santo” (1Pe1:16), diz o Senhor.

Hoje é tempo de recomeçar. Se você caiu, levante-se.

Segure firme nos braços Daquele que sustenta o mundo em Suas mãos.

Clame por libertação; peça a Ele a santificação.

Sua prece não ficará sem resposta.

Ele vai ajudar você a se manter fiel e a não voltar para a lama do pecado.

Faça sua parte. Confie no Senhor.

O sucesso é garantido.


Devocional paraAdultosdo diaViernes,  09 de Agosto del 2024