quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

RÚSSIA, UCRÂNIA E A CONTENÇÃO DIVINA

 Esta publicação não é de minha autoria. Pertence a MEGAPHONE ADV


Explosão é vista na capital ucraniana de Kiev
Após dias de escalada de tensão e ameaças, a Rússia de Vladimir Putin atacou a Ucrânia nas primeiras horas desta quinta-feira (24).

Pouco depois de Putin ter autorizado, em pronunciamento pela TV, uma operação militar nas regiões separatistas do leste da Ucrânia, explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades do país, segundo relatos de repórteres da CNN. A Ucrânia informou que pelo menos 50 pessoas morreram.

Em seu pronunciamento, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

Kiev tem congestionamentos, corrida aos mercados e estações de trem lotadas. ONU pede que Putin recue, e o presidente americano Joe Biden diz que a Rússia escolheu uma guerra de perdas catastróficas. E o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse em pronunciamento que a Rússia pode iniciar "uma grande guerra na Europa" a qualquer momento, e pediu aos russos que se oponham ao conflito.

Contenção divina
Segundo as profecias, o destino da Terra não está sujeito à boa-vontade de líderes humanos. O Soberano do universo intervém para conduzir o mundo a um desfecho específico. Quando parece que os povos vão se destruir, Deus age para contê-los. No Apocalipse, isso é representado pela imagem de quatro anjos segurando os quatro ventos do céu (Apocalipse 7:1).

A chave para se compreender essa simbologia está no sexto selo (Apocalipse 6:12-17). Nessa seção, fala-se de eventos cataclísmicos, que culminam no recolhimento das nuvens e a fuga dos “reis da terra” e de “todo escravo e todo livre”, que se abrigam “nas cavernas e nos penhascos dos montes” (ou seja, refere-se aos “eventos finais que conduzirão para a segunda vinda de Cristo”).[1] Pedem que os montes e rochedos caiam sobre eles e os escondam “da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro”. E a seção termina com uma pergunta contundente: “chegou o grande Dia da ira deles e quem é que pode suster-se?” (v. 17).

O capítulo 7, que constitui um parêntese entre o sexto e o sétimo selos, parece responder à pergunta feita em 6:17. Nele, apresentam-se “quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma” (Apocalipse 7:1). Na Bíblia e no simbolismo apocalíptico, o número quatro representa as quatro direções (norte, sul, leste e oeste), transmitindo a ideia de uma abrangência global, a totalidade do mundo (1Crônicas 9:24; Isaías 11:2; Jeremias 49:36; Ezequiel 7:2; Zacarias 2:6).

Os quatro anjos representam “os agentes divinos no mundo, retendo as foças do mal até que a obra de Deus no coração dos seres humanos seja concluída e o povo do Senhor receba o selo na testa”.[2] Assim como as casas dos israelitas foram marcadas com sangue para serem protegidas antes da última praga e do próprio êxodo, e algo semelhante tenha ocorrido no tempo do exílio (Ezequiel 9:1-11), no tempo do fim, o povo de Deus receberá um sinal distintivo para ser protegido contra as imensas destruições reservadas para os últimos momentos antes da volta de Jesus (Mateus 24:30, 31; 1Tessalonicenses 4:16-18).

Na Bíblia, Deus é o Senhor dos ventos (Amós 4:13). O Criador os utiliza para cumprir seus propósitos na Terra (Gênesis 8:1; Êxodo 10:13; 14:21). Ventos servem para destruir e proteger, trazer alimento (Números 11:31) ou a privação dele (Gênesis 41:6); nas mãos de Deus, o “vento abrasador” é um instrumento de juízo (Salmos 11:6; 48:7), como elemento desagregador (Salmos 18:42; 35:5). Na metáfora poética, Deus “cavalga um querubim”, voa “nas asas do vento” (Salmos 18:10; 104:3).

Porém, é nos textos dos Profetas que a imagem do vento assume um significado mais útil para a compreensão do símbolo apocalíptico. Vento se torna uma metáfora para a ação destruidora das nações que resulta na dispersão e no cativeiro (Jeremias 4:11-13; 18:17; 22:22; 49:32, 36; 51:1, 16; Ezequiel 5:2, 10; 13:11, 13; 17:21; Oseias 8:7; 12:1; 13:15; Hebreus 1:11). É tomado como símbolo apocalíptico em Daniel 7:1 a 8 e se apresenta com o mesmo significado no Apocalipse.

Na fase final da história humana, a Divindade atua para conter os impulsos violentos das nações. O livro de Daniel nos dá um vislumbre da ação dos mensageiros divinos junto aos governantes humanos – “o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia” (Daniel 10:13). Os quatro anjos simbólicos de Apocalipse 7 representam a ação de anjos reais, sem desconsiderar a atividade imprescindível do Espírito Santo, simbolizada pelos “sete espíritos de Deus enviados por toda a terra” (Apocalipse 5:6; comparar com 1:4; 3:1; 4:5).

Consciência e ação
Para a escritora Ellen White, a mensagem apocalíptica dos quatro anjos segurando os quatro ventos tem implicações espirituais profundas quanto à consciência sobre o tempo em que vivemos, à condição espiritual de cada um e, especialmente, quanto à missão. Destaco a seguir algumas de suas mensagens sobre os quatro anjos e a contenção dos ventos:

1) “Os (…) ventos serão a incitação das nações para um combate fatal”, por parte de Satanás (Maranata, p. 173).

2) Apesar de a paz mundial se encontrar num estado de “incerteza”, com as nações “iradas” e fazendo “grandes preparativos de guerra”, “está ainda em vigor a ordem dada nos anjos, de segurarem os quatro ventos” (Maranata, p. 241).

3) Os acontecimentos são iminentes, apesar de ainda não ter chegado a hora da “batalha final” (Eventos Finais, p. 229).

4) Mesmo agora o “refreador Espírito de Deus está (…) sendo retirado do mundo. Furacões, tormentas, tempestades, incêndios e inundações, desastres em terra e mar, seguem-se um ao outro em rápida sequência” (Serviço Cristão, p. 52).

5) Tudo depende do fim da intercessão de Cristo no santuário celestial. Quando isso ocorrer, os anjos deixarão de segurar os ventos, e virão “as sete últimas pragas”, que são juízos divinos (Eventos Finais, p. 245).

6) Não há espaço para complacência. Devemos travar uma inevitável luta espiritual pela transformação do caráter (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 217).

7) Agora é o momento de alcançar o mundo com a mensagem para este tempo (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 374).

A paz entre as nações é apenas um verniz de civilidade e respeito mútuo. Se as paixões humanas pervertidas assumem o controle, toda a diplomacia desmorona. “Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição” (1 Tessalonicenses 5:3). Somente o Rei dos Reis pode impedir que nos destruamos uns aos outros. Ele refreia o ímpeto destrutivo das nações, para preservar a vida. Portanto, como Jesus disse, não precisamos viver “assustados”, pois as guerras são um dos sinais do fim, mas não o fim (Marcos 13:7).

De nossa parte, cabe orar “em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito” (1 Timóteo 2:2). Precisamos ter consciência de que a paz e a liberdade religiosa são uma dádiva, a qual devemos ajudar a preservar, como os maiores pacifistas. O tempo de graça e liberdade que temos deve ser aproveitado ao máximo para salvar pessoas. Nos dias atuais, não podemos brincar de ser cristãos. Devemos levar a sério nossa identidade e missão.

Adaptação de texto de Diogo Cavalcanti (via Apocalipses)

Referências
[1] Ranko Stefanovic, Revelation of Jesus Christ. Berrien Springs, MI: Andrews University Press, 2ª ed., 2009, p. 259.

[2] Francis Nichol (ed.). Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, vol. 7, 2014, p. 864.

1 comentário:

mensagensnanett disse...

-> O hipócrita Ocidental que não fale em Putin para desviar as atenções!
-> O HIPÓCRITA OCIDENTAL QUE FALE, ISSO SIM, É EM DEVOLVER RIQUEZAS/TERRITÓRIOS ROUBADOS A POVOS AUTÓCTONES!
(o europeu-do-sistema ambiciona fazer aos russos aquilo que foi feito a povos autóctones da América do Norte, Sul, etc)
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Separatismo em relação aos boys e girls do sistema!!!
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PATRIOTAS UCRÂNIANOS NÃO SEJAM PARVOS:
1- no presente, tal como no passado, existem na Europa 'Testas-de-Ferro' que... proporcionam guerras a uma clientela interessada em fazer negociatas no caos.
2- afastem-se (separatismo Identitário) dos boys de Zelensk: são boys das negociatas da máfia do armamento... que os ENTALARAM entre o Ocidente hipócrita e Putin.
3- em oposição aos boys e girls do sistema, façam negociações de paz com a Russia!
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Sim:
- O OCIDENTE QUE PROVOCA/AMEAÇA PUTIN, E MANDA ARMAS PARA A UCRÂNIA, É MUITO MUITO PIOR QUE PUTIN.
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Os boys (do sistema) de Zelensky estão ao serviço de interesses inconfessáveis...
multinacionais a fazer compras no caos da Ucrânia... para melhor rentabilizar os seus investimentos, elas vão exigir substituição populacional...
e... os boys e girls do sistema vão acusar os patriotas ucrânianos de «racistas/xenófobos».
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Europeu-do-sistema:
- possui um largo historial de saque de riquezas a povos autóctones... ESTEVE MAFIOSAMENTE EM SILÊNCIO perante ameaças de 'gurus' da NATO:
-> secretário geral da NATO: «a Russia vai ter cada vez mais NATO nas suas fronteiras».
-> outros 'gurus': «a globalização vai entrar pela Russia a dentro» (multinacionais a comprar...).
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A NATO pretende cercar a Russia (um território imenso no planeta, com apenas 140 milhões de habitantes) com países da NATO.
[todos unidos num saque a um território imenso]
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Uma festa para o hipócrita Ocidental: depois de provocar/ameaçar Putin... o hipócrita Ocidental proclama:
- «Depois da guerra da Ucrânia, a Rússia ou será um súbdito da China ou um futuro membro da União Europeia»
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O Ocidente hipócrita não tem interesse nenhum na segurança dos povos que não estão interessados em vender as suas riquezas a multinacionais.
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Sim, pois é:
- Em várias regiões do planeta: sempre que está instalado um «governo não-amigo», o hipócrita Ocidental fomenta guerras/revoluções... para que... a exploração de riquezas caia nas mãos de multinacionais Ocidentais.
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O hipócrita Ocidental bloqueia a investigação à forma como chegam armas a 'grupos rebeldes', que não possuem fábricas de armamento, e cujas guerras/revoluções são usadas para destituir «governos não-amigos».
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Para quem está interessado em paz, urge:
1- CONDENAR AS NEGOCIATAS DA MÁFIA DO ARMAMENTO.
2- NÃO BLOQUEAR A TAXA TOBIN...
para que:
- sejam povos autóctones a explorar as suas riquezas naturais, e não, multinacionais Ocidentais.
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OS EUROPEU-DO-SISTEMA DEVEM UMA MENSAGEM DE PAZ:
- não só aos povo da Russia, como também a todos os povos que não estão interessados em vender as suas riquezas a multinacionais:
---> O MAIS ELEMENTAR DOS TRATADOS DE PAZ:
- um tratado de paz que recuse o MAIS VELHO DISCURSO DE ÓDIO DA HISTÓRIA -> o ódio tiques-dos-impérios: o ódio a povos autóctones do Ideal de Liberdade Identitário.
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[cidadão de Roma da NATO = cidadão de Roma de há 2000 anos atrás]
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A RUSSIA PODERÁ SER A LÍDER DO MUNDO LIVRE:
- povos que não estão interessados em vender as suas riquezas a multinacionais!
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URGE A MOBILIZAÇÃO PARA O SEPARATISMO IDENTITÁRIO:
- Os Identitários reivindicam LIBERDADE/DISTÂNCIA/SEPARATISMO do europeu-do-sistema; por motivos óbvios:
-> NA ORIGEM DA NACIONALIDADE ESTEVE O IDEAL DE LIBERDADE IDENTITÁRIO: "ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo"; não foi:
- o ódio tiques-dos-impérios da cidadania de Roma.
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SEPARATISMO 50-50:
- os globalization-lovers, UE-lovers, etc, que fiquem na sua (possuem imensos territórios ao seu jeito)... respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
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-» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com