quarta-feira, 14 de junho de 2023

O juízo de Deus

 Cada vez que faço a recuperação de uma capa de Bíblia e a partilho aqui não consigo deixar de me perguntar quantas pessoas que passam por alguma publicação onde entram imagens de Bíblias de uma maneira geral, já tiveram uma Bíblia na mão e leram uma parte.

A Bíblia, é um livro que pode gerar amor ou ódio e até indiferença. Amor para os que creem e aceitam as Verdades nela apresentadas, ódio para os que são absolutamente contra e indiferença para os que nunca leram, não querem ler e não querem saber.

O extraordinário é que um dos pontos bíblicos que mais assusta e que é o responsável pelo maior volume de ódio é o que trata do Juízo Divino. Este é um tema amplamente divulgado e conhecido, mesmo pelos indiferentes.

Também há os que embora aceitando a existência de Deus e da Bíblia como a Sua Palavra, não aceitam "essa parte do Juízo", porque pela conotação negativa que o termo "Juízo" acarreta, dizem que não se coaduna com o caráter de Deus que é Amor.

Encontrei na net uma publicação relativamente curta sobre o assunto e vou partilhar aqui.


Sem medo do juízo

Poderão ouvir o áudio no link acima, se não gostarem de ler.

I João 4:17 e 18: “Dessa forma o amor está aperfeiçoado entre nós, para que no dia do juízo tenhamos confiança […] No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo”.

Quantas vezes durante a realização de um exame ou prova, um concurso público, apresentação de trabalho de conclusão de curso, você demonstrou sua confiança, dizendo: “Passei, estou dentro”?

Sem dúvida, ainda é vívido em nossa memória o clima de medo e ansiedade que cercava algumas matérias da escola. Íamos para as provas e exames apreensivos e em silêncio. Nelas, somente bons alunos é que conseguiam boas notas.

A maioria tinha que se contentar com uma nota “no limite” para não ser reprovada. Quando não era a matéria, era o medo do professor que tinha a fama de ser detalhista e exigente. Todos esses elementos, isoladamente ou em conjunto, criavam na classe um clima de “dia do juízo”.

É verdade que o juízo final também é um exame. Apesar de a Bíblia falar da solenidade e importância do juízo, o apóstolo João diz que não temos nada a temer. Vamos nos aproximar com plena confiança no dia do juízo (1Jo 4:17). “Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dEle” (Jo 3:17).

Podemos lembrar o tom meticuloso de alguns pregadores que, na ânsia de demonstrar conhecimento detalhado sobre o processo do Juízo, diziam: “Cuidado! Confesse todos os seus pecados. Todos!”

E aí eu ficava remexendo e abrindo lembranças que já havia enterrado, só para ver se as tinha confessado: “Ah! Esse aqui eu já confessei. Esse aqui também. Esse aqui… Puxa, até que era bom, mas eu também já confessei…”

“Porque se você se esquecer só de um, poderá ficar fora do Céu!”, ameaçava o pregador, como se Deus, no dia do juízo, de repente dissesse: “Um momentinho. Há uma pendência aqui que não foi resolvida. No dia 23 de março de 2010, às 14h41, você cometeu tal pecado e não o confessou. Lamento muito! Próximo!”

Nós amesquinhamos Deus e blasfemamos dEle quando O tratamos como um tirano detalhista, procurando descobrir um cochilo de nossa parte; o mínimo desvio para nos punir. O pecado é um assunto sério, mas o perdão está à disposição do arrependido. Por isso, não tenha medo; nada de insegurança, mas plena certeza e confiança no momento do Juízo.

“Maravilhosa graça! Maior que o meu pecar! / Como poder contá-la? Como hei de começar? / Trouxe-me alívio à alma. E vivo em toda a calma / Pela maravilhosa graça de Jesus!” (Hinário Adventista, nº 204).

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