quarta-feira, 23 de abril de 2025

O Mestre dos Mestres

 


Ao longo da História, muitas pessoas conseguiram mudar o rumo da política, da filosofia, da ciência ou da religião com as suas ideias. No entanto, houve um homem que foi capaz não só de abalar os alicerces do pensamento como de alterar para sempre a trajectória da humanidade. Esse homem foi Jesus Cristo e os seus ensinamentos geram frutos há mais de dois mil anos. A sua incomparável inteligência e personalidade tornaram-no o ponto de partida perfeito para uma investigação sobre o funcionamento da mente e a sua surpreendente capacidade de superação.

Em O Mestre dos Mestres, o primeiro volume da colecção Análise da Inteligência de Cristo, Augusto Cury faz uma original abordagem da vida dessa grande personagem, revelando que a sua inteligência era bem mais grandiosa do que imaginamos. Sob o ponto de vista da psicologia, Cury apresenta um fascinante estudo do comportamento de Jesus, iluminando os aspectos mais notáveis das suas atitudes.

Neste livro, fará uma viagem pelos mistérios da mente do Mestre dos Mestres. Não importam as suas crenças, a sua religião, posição social ou condição financeira. A mensagem de Cristo é universal e fala ao coração de todas as pessoas.



Quando dei de caras com este livro, confesso que me chamou a atenção a ideia de alguém ir estudar o comportamento de Jesus.

À medida que se desenrola, percebemos que a narrativa é um elogio ao caráter de Jesus, à Sua forma de pensar, agir; à Sua maneira de ensinar, à Sua inteligência. Se eu não conhecesse Jesus como Deus que se fez homem para nos vir resgatar do pecado, eu ficaria deslumbrada por Este Homem e pelo Seu caráter. Mas uma vez que eu sei que Ele é isso tudo e muito mais, esta leitura serviu apenas para ver Jesus pelos olhos da psicologia. 

É uma leitura muito interessante que não nos pretende doutrinar e que mesmo sem aceitar Jesus como nosso Redentor e Salvador, nos pode levar a aceitá-Lo como o melhor exemplo a seguir.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

O Arcanjo Miguel é Jesus Cristo?

 

(Imagem em Pinterest)

Recentemente, um conhecido teólogo brasileiro gravou um vídeo falando sobre o que ele considera serem as maiores “heresias adventistas”. Entre os pontos citados por ele está a alegação de que os adventistas creem que o Arcanjo Miguel é o próprio Senhor Jesus. O que, na compreensão deste, seria um grande erro. Mas quando vamos para a Bíblia, o que é que ela diz a respeito disso?

Primeiramente vale a pena citar que a Igreja Adventista do Sétimo Dia não acredita que Jesus Cristo seja um anjo, ou que seja um ser criado. Ela acredita na divindade de Cristo, de que Ele é Deus, uma das três pessoas da trindade, não criado por ninguém, mas Criador de todas as coisas e que se tornou um ser humano unindo sua divindade à humanidade e morrendo na cruz para salvar os seres humanos1.

Identidade de Miguel
A identidade do Arcanjo Miguel tem sido debatida ao longo da história cristã. Algumas tradições o consideram um anjo criado, enquanto outras o identificam como um título de Cristo antes de Sua encarnação2. A Igreja Adventista do Sétimo Dia defende que Miguel é uma designação de Cristo em sua função de comandante celestial. Mas quais são as evidências para essa compreensão? Este artigo explora a origem do nome Miguel, do título Arcanjo, a relação deles com Cristo e as evidências bíblicas que sustentam essa interpretação.

Desde os primeiros séculos do cristianismo, Miguel tem sido interpretado de formas variadas. Algumas vertentes o consideram um anjo distinto, líder dos exércitos celestiais, enquanto outros protestantes veem Miguel como um ser angelical poderoso, mas inferior a Cristo3. No entanto, os adventistas, por meio do estudo das Escrituras, reconhecem que Miguel não é um anjo criado, mas um título dado a Cristo como comandante dos exércitos celestiais4.

O título arcanjo
Alguns podem pensar ser incoerente o fato de acreditar que Jesus receba o título de arcanjo, visto ser Ele o Criador e não um ser criado, mas isso se deve, em grande medida, por falta de compreensão acerca do significado da palavra Arcanjo.

A palavra arcanjo aparece apenas duas vezes na Bíblia (Judas 9; 1 Tessalonicenses 4:16). É a transliteração da palavra grega ἀρχάγγελος (archángelos), que significa “anjo chefe” ou "chefe dos anjos"5. O texto de Judas 9 afirma que o arcanjo é Miguel. Já no texto de 1 Tessalonicenses 4:16, a voz do Arcanjo é associada à volta de Jesus e à ressurreição dos mortos: ao ser ouvida a voz, os mortos ressuscitam. No entanto, quando se compara essa declaração com a fala de Jesus em João 5:26-29, onde Jesus diz que todos os mortos ouvirão a Sua voz e sairão dos túmulos na ressurreição, fica evidente que há um paralelo entre a voz de Jesus e a voz do Arcanjo, indicando que a voz do Arcanjo (chefe dos anjos) é a própria voz do Senhor Jesus. É Ele quem vai à frente dos anjos, liderando-os em Sua volta (Apocalipse 19:14). É Ele quem ordenará os anjos para que saiam pelos quatro cantos da Terra recolhendo os escolhidos de Deus que ressuscitaram (Mateus 24:31).

Para aqueles que pensam ser difícil que uma das três pessoas da Trindade recebesse o um título associado a anjo, vale ressaltar o fato de que no Antigo Testamento, Cristo, em sua forma pré-encarnada, frequentemente aparece como o "Anjo do Senhor" com atributos divinos (Êxodo 3:2-6; 23:21-23; Juízes 6:11-22; 13:18-22; Gênesis 32:24-30)6.

O título Miguel
O nome Miguel vem do hebraico Mîkā’ēl (מִיכָאֵל), que significa "Quem é como Deus?"7. Esse nome, em forma de pergunta, enfatiza a supremacia de Deus e pode ser compreendido como um título messiânico que reforça a identidade divina de Cristo. Cristo inclusive é a resposta para a pergunta do nome: quem é como Deus? Cristo, pois Ele é Deus!

No livro de Daniel, o Messias (ungido) é chamado de “Príncipe” (9:25-26), e no capítulo 12 Miguel é chamado de “Grande Príncipe” (v1). Em Daniel 8:11, 25, Cristo também é chamado de “Príncipe do exército” e “Príncipe dos príncipes”. Corroborando com essa ideia, Lucas 4:17-18 afirma que Jesus é o Ungido (Messias), e Atos 5:30-31 diz que “Deus, porém, com a Sua destra o exaltou a Príncipe e Salvador”. Há uma clara associação entre o Miguel e Cristo. Além disso, “o título ‘príncipe’ é usado exclusivamente para Cristo ou para Satanás, mas nunca para qualquer outro ser angelical (ver Josué 5:14 e 15; Isaías 9:6; Daniel 8:11 e 25; Daniel 9:25; Atos 5:31; João 12:31 João 14:30; 16:11 Efésios 2:2)”8. Em Daniel 10:20-21, Miguel é apresentado como o Príncipe de Israel, uma clara referência a Cristo.

Em Apocalipse 12:7, Miguel e Seus anjos pelejam contra o Dragão (Satanás) e seus anjos. Quando se analisa o contexto bíblico global, fica evidente desde Gênesis 3:15 que o conflito seria entre o descendente da mulher (Cristo) e a serpente (Satanás). No Novo Testamento, o conflito entre Cristo e Satanás também é evidenciado (Ver: Mateus 4:1-11; João 12:31-32; 14:30; Colossenses 1:9, 16; Efésios 6:10-20).

Contraponto
Alguns argumentam que Miguel não poderia ser Cristo, visto que quando é citado em Judas 9, ele apenas repreende a Satanás e não o expulsa diretamente como Cristo fazia frequentemente em Sua encarnação. No entanto, em uma passagem paralela a essa em Zacarias 3:2, é o próprio YHWH (traduzido como Senhor) quem repreende Satanás exatamente como no texto de Judas 9.

Outro argumento contrário se baseia em Daniel 10:13, onde diz que Miguel é “um dos primeiros príncipes”. O termo aramaico para um é אֶחָד (echad) que significa um, único, mas também pode ser “primeiro”, conforme é traduzido em outras passagens de do mesmo livro de Daniel (ver: 1:21; 9:1-2; 11:1; 6:2; 7:1). Conforme a própria tradução dos demais textos citados, portanto, uma outra possível tradução seria: “o primeiro dos primeiros príncipes” ou “o número um dos primeiros príncipes”.

Os que defendem a ideia de que se trata de uma heresia, muitas vezes são os mesmos seguidores de Calvino, chamados de “calvinistas”. Eles se esquecem que o próprio Calvino defendeu a ideia de que o Arcanjo Miguel fosse um título de Cristo9.

Conclusão
Miguel aparece na Bíblia em contextos nos quais a intervenção divina é crucial: Ele luta pelo povo de Deus (Daniel 10:13, 21; 12:1), expulsa Satanás do céu (Apocalipse 12:7-9) e tem autoridade sobre a ressurreição dos mortos (Judas 9; 1 Tessalonicenses 4:16). Esses papéis apontam diretamente para Cristo, pois apenas Ele exerce essas funções na teologia bíblica10.

As Escrituras demonstram que Miguel não é um anjo criado, mas um título de Cristo antes de Sua encarnação. Seu nome expressa a supremacia de Deus, e suas funções indicam seu papel como líder dos exércitos celestiais, defensor do povo de Deus e aquele que tem poder sobre a vida e a morte11.

A compreensão de Miguel como um título de Cristo fortalece nossa fé na atuação contínua de Jesus em favor da humanidade, desde a eternidade passada até o momento em que retornará em glória para buscar Seus filhos12.

Podem consultar todas as referencias em: 
https://megaphoneadv.blogspot.com/2025/04/o-arcanjo-miguel-e-jesus-cristo.html#comment-form



Jesus morreu por nós



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Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16

Jesus morreu há quase 2 mil anos, quando nem sequer éramos nascidos. Como então podemos dizer que Ele morreu por nossa causa, se nem estávamos neste mundo? A questão é que Jesus não foi apenas um mártir de uma causa política, como Tiradentes, relembrado hoje. Ele nasceu com o objetivo de morrer, pois esse era o preço exigido por nossa salvação. Tudo começou no dia em que Adão e Eva comeram do fruto proibido e, com isso, trouxeram o sofrimento para a humanidade. A partir daquele dia, a raça humana estaria condenada.

A lei de Deus era clara: quem comesse do fruto proibido morreria para sempre. É evidente que não fomos nós que comemos do fruto, mas herdamos as consequências do erro de nossos primeiros pais. Agora, não se apresse em resumir tudo a um folclore vulgarmente chamado de “estória da maçã”. Por trás do fruto proibido, há algo muito mais significativo, do qual o ato de desobediência se tornou um sinal emblemático. Ignorar isso e ver o Gênesis como uma alegoria é desmentir o próprio Jesus, que veio salvar aqueles que estavam condenados em Adão.

Pelos diálogos com Deus reproduzidos em Gênesis 3, podemos dizer que houve um arrependimento sincero por parte do casal transgressor. Porém, Deus não poderia ignorar a realidade legal do ocorrido. Sua lei havia sido quebrada e a morte deveria ser a consequência. No entanto, sendo um Pai de amor, Deus não podia deixar a humanidade na miséria eterna. Por coerência com Seu próprio caráter, Ele não alterou a lei, mas sofreu a penalidade no lugar daqueles que deveriam morrer.

Foi por isso que, no tempo determinado pela profecia bíblica, Jesus veio à Terra para morrer em nosso lugar. Ainda enfrentamos algumas consequências do erro de Adão: dor, envelhecimento e morte. Porém, o caos não durará para sempre. O sacrifício de Cristo legou a essas misérias um caráter temporário. Se você crê em Deus, tudo de ruim que já experimentou um dia passará e tudo de bom que desfrutou será apenas uma degustação do banquete que ainda está por vir.

Essa é a promessa de Deus.

Devocional paraAdultosdo diaSegunda-feira,  21 de Abril de 2025 

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quinta-feira, 10 de abril de 2025

A Última Noite do Mundo

 


Nestes setes ensaios espirituosos e lúcidos, o grande escritor, pensador, teólogo popular e apologista cristão C.S. Lewis aborda diversas questões religiosas intrigantes e complexas. O autor também pondera sobre as evidências da oração eficaz, brinca com o significado das palavras Eu creio e obriga-nos a imaginar como devemos encarar os nossos conceitos sobre Deus e até mesmo sobre a possibilidade de haver vidas noutros planetas.

A Última Noite do Mundo, um dos ensaios principais desta coletânea, lida com a questão da volta de Cristo e traz uma perspetiva brilhante para elucidar o debate. Como sempre, encontramos nestes ensaios um Lewis que mistura humor, ironia, paradoxos e uma perspicácia marcante que desafia a nossa fé.

A Última Noite do Mundo é uma compilação de sete artigos escritos por Lewis e publicados em livros e momentos diferentes. A eficácia da oração; Sobre a obstinação na crença; Lírios que apodrecem; Maldanado Propõe um Brinde; Boas Obras e boas obras; Religiões e Foguetes; e A Última Noite do Mundo, artigo que dá o título ao livro.
Através desses artigos conhecemos de uma forma muito generalizada a visão do autor sobre aspectos voltados à oração e a relação entre religião e ciência, entre outros. Todos os assuntos embora nem sempre nos pareça, têm lugar em algum momento da nossa vida e da nossa realidade.

Escrito no seguimento do livro "Cartas de um Diabo ao Seu Aprendiz", no artigo, Maldanado Propõe um Brinde, por meio da ironia e uma certa boa disposição C.S.Lewis aborda as fraquezas de um crente e a forma como elas podem ser usadas para fazer com que ele peque e assim se afaste dos propósitos de Deus, chamado aqui de Inimigo.

No artigo responsável pelo título do livro C.S.Lewis alerta para a realidade de que o tempo neste planeta/mundo está a acabar e em qualquer momento pode já não ser momento para mais nada. O que houver para ser feito, em qualquer aspeto, embora mais direccionado para o cariz espiritual e social, deve ser feito agora, porque o tempo escoa-se e não voltará.

Se nunca leram este livro, ou se nunca leram este autor, esta é uma boa proposta. Passamos a conhecer a forma de escrever de um escritor brilhante, que passou de ateu convicto a crente ainda mais convicto e que através das suas obras, nos transmite as suas ideias sobre o que conheceu e aceitou.


Promessa e demora

 

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O Senhor não retarda a Sua promessa, ainda que alguns a julguem demorada. Pelo contrário, Ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento. 2 Pedro 3:9

Em 1967, Georges Duby lançou um livro intitulado O Ano Mil, no qual explica o que acontecia na Europa à medida que se aproximava o primeiro milênio depois de Cristo.  As pessoas não tinham acesso direto à Bíblia, mas ouviam seu conteúdo por meio de clérigos que possuíam o direito exclusivo de interpretá-la ao povo. Ler as Escrituras por conta própria era um crime grave perante as autoridades eclesiásticas, passível até mesmo de pena de morte.

Para explicar o milênio, os pregadores recitavam os versículos 7 e 8 de Apocalipse 20, que dizem: “Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra.” Com isso, todos temiam o que ocorreria no mundo assim que o diabo fosse solto por Deus.

Afinal, o mundo estava prestes a completar mil anos desde o nascimento de Cristo – um cálculo que também estava errado, mas eles não se davam conta disso.

É claro que a infusão do medo desmedido era uma forma de sustentar os laços hierárquicos da sociedade medieval, especialmente aqueles que subjugavam todos à autoridade do rei, do papa e do senhor feudal. Para nós, que vivemos 1.025 anos após essa época de trevas e ansiedade, há o risco de pensarmos que, devido à demora, o Senhor nunca voltará.

No entanto, devemos lembrar que, “para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos são como um dia” (2Pe 3:8). A promessa de Jesus certamente se cumprirá em seu devido tempo. A aparente demora deve ser vista como uma oportunidade dada por Sua misericórdia para que todos se arrependam enquanto ainda há tempo.

No momento certo, Ele virá julgar o mundo com justiça, como assegura o profeta Habacuque: “A visão ainda está para se cumprir no tempo determinado; ela se apressa para o fim e não falhará. Mesmo que pareça demorar, espere, porque certamente virá; não tardará” (Hc 2:3). Portanto, não desista; continue esperando em Deus.

Entregue sua vida agora a Jesus e prepare-se, pois muito em breve Ele virá.

Devocional paraAdultosdo diaQuinta-feira,  10 de Abril de 2025 

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Temor de Deus


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Temam a Deus e deem glória a Ele, pois é chegada a hora em que Ele vai julgar. Apocalipse 14:7

Em 1933, o presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, disse: “A única coisa que temos a temer é o próprio medo.” Essa frase atravessou o tempo e continua sendo citada por muitos cidadãos estadunidenses. No entanto, pesquisadores sociais como Barry Glassner, autor do livro A Cultura do Medo, têm concluído que os níveis de medo entre os americanos têm aumentado significativamente nos últimos anos. De acordo com o Instituto Gallup, 37% deles sofrem transtornos de ansiedade simplesmente ao andarem sozinhos à noite. Os americanos não estão sós.O mundo está permeado por fobias cada vez mais generalizadas.

Além do aumento dos medos, uma novidade é o objeto da preocupação. Embora as pessoas ainda declarem temer o juízo de Deus, na prática, o que mais as preocupam são assaltos, terrorismo ou a probabilidade de contrair câncer.

Quem concluiu isso foi Leon Davis em uma tese de doutorado feita na Universidade da Virgínia. Segundo o autor, a visão de um Deus autoritário foi substituída pela imagem igualmente distorcida de um Deus que não pune ninguém, e isso tem trazido implicações no comportamento moral, especialmente dos jovens. Minha sugestão é que voltemos a enfatizar o temor do Senhor, mesmo que isso seja impopular. É imperativo corrigir biblicamente as distorções em torno desse assunto, começando pelo tabu de não mencioná-lo por medo de traumatizar a audiência. Temer a Deus é uma ordem bíblica que faz parte da última advertência divina ao mundo. Algumas pessoas dizem que quem teme é porque não confia. E acrescentam: “Se amo a Deus, não tenho por que temê-Lo.” Isso pode valer para um cônjuge abusador, mas não para Deus. O temor do Senhor não é uma fobia, mas sim um respeito. Não se trata de temer o castigo Dele, mas sim a Sua pessoa.

Aquele que teme o castigo está essencialmente preocupado consigo mesmo e não com o ser de Deus. Quando você evita trair alguém que ama não o faz porque tem medo dessa pessoa, mas porque a sensação de magoá-la é dolorosa demais.

Esse é o sentimento de quem realmente teme a Deus.

Devocional paraAdultosdo diaTerça-feira,  08 de Abril de 2025 

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sexta-feira, 4 de abril de 2025

Distorções da Graça



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Tudo posso Naquele que me fortalece. Filipenses 4:13

Muitos acreditam que, por ser inimigo da verdade, o diabo irá se opor a Deus com antônimos claros, como “preto versus branco”. No entanto, ele opera em tons de cinza e imita a forma divina, não em essência, mas em aparência. Seu objetivo não é ser bom como Deus, mas fazer uma cópia barata Dele para enganar. É como um produto falsificado – parecido, mas de qualidade inferior.

O Apocalipse nos dá exemplos disso. No capítulo 5, vemos Cristo sentado no trono de Deus, recebendo o poder como o Cordeiro imolado que ressuscitou. No capítulo 13, vemos a besta, que mesmo tendo sido ferida de morte, recebe o poder e o trono do dragão. Tanto o Cordeiro quando a besta marcam o seu povo: o Cordeiro com um selo na fronte e a besta com uma marca na mão direita e na testa.

Além da aparência, o inimigo distorce a mensagem de Deus. Veja a confusão mental que ele cria em torno da graça. Em um extremo, faz as pessoas acreditarem no que Dietrich Bonhoeffer chamou de mito da “graça barata”, que confunde o favor imerecido de Deus com um produto de liquidação. A graça é de graça, mas não é barata. Ela custou o sangue do Filho de Deus e é com essa consciência que devemos recebê-la em nossa vida.

No outro extremo, está a crença doentia do não merecimento, que confunde o conceito bíblico de indignidade com o sentimento constante de não se sentir bom o suficiente para ser amado pelo Pai. Novamente, isso distorce nossa condição de filhos e filhas de Deus. João escreveu: “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no Seu nome” (Jo 1:12). O erro está em basear nossa dignidade em nossas ações e não no valor inerente que Deus deu a cada um de nós.

Mesmo antes de nascer, você já era um tesouro para Deus, que desejava sua existência neste mundo. Você é tão digno do amor divino que Ele enviou Seu único Filho para salvar sua vida. Basta crer e aceitá-Lo em seu coração. Pode ser intimidante se render ao amor de Deus, especialmente quando você testemunhou a si mesmo e a outros se perdendo no processo.

No entanto, tenha certeza de que a graça pode torná-lo em uma nova criatura, sem deixar de lado a pessoa única que Deus o criou para ser.

Devocional paraAdultosdo diaSexta-feira,  04 de Abril de 2025