segunda-feira, 27 de agosto de 2018

O Boi que Guardava o Sábado


Confesso que à primeira vista, não me seduziu este título.
Primeiro porque achei que era um livro para crianças e depois porque achei o título ridículo, se não fosse para crianças.

No rol de livros emprestados, havia este, mas como estava emprestado à minha mãe, não me preocupei por não o levar comigo. Quando li um comentário sobre ele no Instagram, pensei que se calhar era melhor ler. Trouxe-o comigo no Sábado, comecei a ler ao serão, li na tarde de Domingo e terminei no serão de Domingo.

Adorei. Independente das crenças de cada um, é um livro que contém três testemunhos vividos pelos seus personagens e as histórias são deliciosas. É constituído por três histórias, passadas em zonas da União Soviética.

Antes de dar inicio ao livro propriamente dito, gostaria de assinalar, para quem não sabe ou não se lembra, que a "Perseguição aos Cristãos na União Soviética ocorreu ao longo da história da União Soviética (1922-1991). As autoridades soviéticas suprimiram e perseguiram, em diferentes graus, várias formas de cristianismo, dependendo do período particular. A política marxista-leninista soviética defendia consistentemente o controle, supressão e a eliminação de crenças religiosas, e encorajou ativamente o ateísmo durante a existência da União Soviética.
O estado estava comprometido com a destruição da religião e demoliu igrejasmesquitas e sinagogas, ridicularizou, perseguiu, encarcerou e executou líderes religiosos, inundou as escolas e meios de comunicação com ensinamentos ateus, e geralmente promovia o ateísmo como uma verdade que deveria ser socialmente aceita. O número total de cristãos vítimas de políticas atéias do estado soviético foi estimado na faixa entre 12-20 milhões."
O texto em itálico foi transcrito da Wikipédia, apenas para vos direccionar à época em que os testemunhos descritos neste livro, tiveram parte.


Este livro descreve a fidelidade de cristãos durante tempos de perseguição e a incrível participação de animais que foram usados por Deus para ajudá-los. Em condições desafiadoras, cada uma dessas testemunhas colocou sua confiança em Deus e demonstrou um apego inquebrantável à fé, sem levar em consideração o custo.

Se nós achamos que somos bons cristãos, cumpridores e certinhos, fiéis na nossa fé, imaginemo-nos na pele dos personagens destes testemunhos e pensemos - honestamente - se conseguiriamos continuar a ser bons cristão, cumpridores, certinhos e fiéis quando a nossa vida ou a nossa integridade fisica estão em risco.
Sob as mais severas condições, desde um campo de prisioneiros na Sibéria, onde as condições de vida mesmo sem outro tipo de tortura são atrozes, a uma prisão em que não se sabe se e como se sairá de lá, estes testemunhos de fé inabalável, servem para nós fazermos um auto exame e tentarmos descobrir até onde iríamos para manter e testemunhar da nossa fé - seja qual for a religião em causa, porque todas sofrem contrariedades e ataques de outras partes.

Não devemos fazê-lo, mas no próximo post - para não alongar este demasiado - vou ser spoiler, pois sei que a maior parte de vocês não irá ler este livro, por várias razões - e espero vir a estar enganada - e vou resumir a primeira história que dá o título ao livro, já que o livro é constituído por três histórias.




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